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Tuma vai ouvir ex-assessor de Luiz Estevão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O corregedor do Senado,
Romeu Tuma (PFL-SP), ouve hoje o analista legislativo
do Prodasen Nilson da Silva
Rebello, 50, um personagem
novo que pode ajudar a esclarecer a ainda obscura violação do painel de votações.
Rebello é funcionário do
Prodasen e chefiava o gabinete de Luiz Estevão quando
o ex-senador foi cassado, no
ano passado. Foi convocado
porque teria obtido, antes da
sessão de 28 de junho de
2000, a informação de que o
sigilo seria quebrado.
De fato, Luiz Estevão chegou a informar ao então líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), que recebera informações sobre a possibilidade de quebra do segredo dos
votos dos senadores. Jader
negou pedido do ex-senador
para que a votação acontecesse com uso de cédulas.
O plano para fraudar o
painel teria sido revelado a
Estevão por Rebello, segundo informações colhidas pela comissão de inquérito que
investigou a fraude. Procurado pela Folha, o ex-assessor negou essa informação.
Rebello é um personagem
muito citado nos bastidores,
por conta de suas ligações
políticas e do poder que já
exerceu no governo Fernando Henrique Cardoso.
Ele foi diretor-geral de Administração do Palácio do
Planalto, por indicação do
ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas, de quem é próximo desde os anos 70, quando eles
trabalhavam no Prodasen.
Rebello é funcionário do
Prodasen há 30 anos e foi diretor administrativo e financeiro do órgão por duas vezes, entre 1992 e 1995.
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