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São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003

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Lula vê resistência no empresariado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além de a reforma da Previdência ser a "queridinha" do mercado, outro motivo para o governo deixar a reforma tributária em segundo plano é a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que falta mais apoio empresarial à proposta do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho.
Lula julgou um "alerta" as críticas feitas na semana passada pelo vice-presidente da República, José Alencar, e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horacio Lafer Piva. Lula pediu a Palocci mais costuras empresariais.
Alencar, empresário do setor têxtil, disse temer "um arremedo" de reforma tributária e falou que "a emenda podia sair pior do que o soneto". Já Piva afirmou que a reforma tributária de Palocci "deixa a desejar" e pediu a ampliação da proposta.

Articulações
Após as críticas, Lula pediu a Palocci que fizesse mais articulações empresariais e, no último sábado, patrocinou um encontro dos dois com o vice Alencar, no Palácio Jaburu.
José Alencar é contrário à cobrança do novo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado de consumo (destino). Ele acha mais simples a a cobrança no local de produção (origem).
O governo crê que transmitiu a imagem de que está propondo apenas modificação superficial do sistema tributário, cedendo à pressão política de governadores sempre resistentes a eventuais perdas de receita.
O presidente Lula deseja que o ministro Palocci comece um movimento para aumentar o consenso em torno de pontos hoje polêmicos e assim fazer uma reforma tributária mais ampla, como solicitam empresários, aliados e o próprio PT. (KA)


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