São Paulo, domingo, 23 de abril de 2006

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ELEIÇÕES 2006/EM BUSCA DE UM DISCURSO

Berzoini diz que população não prestará atenção em quem falar da crise; para Sérgio Guerra, porém, PT vai ter "sérios problemas" na questão

PT e PSDB minimizam ética na campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

A seis meses da eleição, PT e PSDB já apresentam suas armas para a disputa. Contrapondo-se ao discurso do PT de confrontar os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, o coordenador da campanha de Geraldo Alckmin, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), diz que a comparação "é uma fraude", por conta dos cenários internacionais distintos.
Sobre a corrupção no governo Lula, Guerra diz: "O PT vai ter sérios problemas nessa questão ética. Não consigo ver esse problema do nosso lado". Pondera, porém, que o tema "não vai ser necessariamente explorado pela campanha". "A sociedade brasileira está cansada de saber o que foi feito."
Ao falar das acusações contra Alckmin, Guerra ataca: "Não se trata de dizer que Alckmin tem o monopólio da honestidade. (...) O governo dele [em São Paulo] foi limpo. O PT não pode dizer a mesma coisa do governo Lula".
Potencial coordenador da campanha de Lula à reeleição, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, diz que será natural a comparação do governo Lula ao de FHC.
E desafia: "A oposição faz um debate demagógico sobre a questão da ética. Um partido cujo presidente da República foi flagrado discutindo formação de consórcio durante a privatização das teles ou que teve a diretoria do Banco do Brasil inteira condenada à prisão por gestão temerária no caso Encol não tem autoridade para falar em ética".
(CATIA SEABRA)

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