|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com problemas entre PT e PDT no Paraná, Dilma cancela viagem
Divergências entre aliados provocam indefinição sobre palanque no Estado; PT-PR decide amanhã se terá candidato ao governo
Segundo José Eduardo Dutra, presidente do PT, suspensão da visita se deu devido a "divergência de agenda" da pré-candidata
MÁRCIO FALCÃO
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em meio a divergências entre seus aliados na montagem
de palanque no Paraná, a pré-candidata do PT à Presidência,
Dilma Rousseff, decidiu cancelar sua passagem pelo Estado
que estava prevista para hoje.
Com problemas para se aliar ao
PDT, o Diretório Estadual do
PT define amanhã se lança ou
não candidato próprio ao governo paranaense.
Na segunda-feira, a ex-ministra havia confirmado a visita
ao Paraná. Segundo o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o
cancelamento da viagem não
tem relação com a indefinição
do palanque, mas sim a uma redefinição de agenda.
No Paraná, Dilma tinha encontros previstos na Federação
das Indústrias do Estado, com
sindicalistas e também com lideranças evangélicas.
"Foi uma divergência de
agenda. Achamos que não compensava o custo benefício de ir
e voltar no mesmo dia ao Paraná", disse Dutra. A situação do
palanque de Dilma no Estado é
delicada. Os petistas tinham sinalizado apoio à candidatura
do senador Osmar Dias (PDT)
ao governo, mas as negociações
foram suspensas, já que o PT
insiste em lançar Gleisi Hoffmann ao Senado, posto que
Dias pretendia reservar ao PP.
Os comandos do PT e do PDT
devem voltar a conversar na
próxima semana. A expectativa
é que Dutra fale com o ministro
Carlos Lupi (Trabalho), presidente licenciado do PDT.
O PT espera encontrar até o
dia 15 de maio uma solução para os impasses regionais. A avaliação dos petistas é que só após
a definição dos palanques estaduais é que a agenda da ministra poderá deslanchar.
A partir de amanhã, entretanto, Dilma começa a cumprir
um roteiro que priorizará São
Paulo, reduto de seu principal
adversário, o ex-governador
José Serra (PSDB). Amanhã ela
participa ao lado do presidente
Lula do lançamento da pré-candidatura de Aloizio Mercadante (PT) ao governo do Estado. À noite, ele deve seguir para
o Rio para participar do aniversário da economista Maria da
Conceição Tavares.
No domingo, Dilma comparecerá ao lançamento da candidatura de Lindberg Farias (PT-RJ) ao Senado, evento que
acontecerá na quadra da escola
de samba Portela. Na semana
que vem, Dilma confirmou presença na festa de 1º de Maio da
Força Sindical e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Dilma voltou a criticar o
PSDB ontem, em entrevista a
uma rádio, afirmando que o
partido "já defendeu o fim do
Bolsa Família e acha que o programa é contraditório com a
geração de empregos". A pré-candidata disse ainda que, antes do governo Lula, "só se
prendiam pobres e pessoas de
menos recursos".
Questionada sobre a afirmação de Ciro de que a aliança PT-PMDB representa um "roçado
de escândalos", Dilma defendeu as siglas dizendo que a corrupção não pode ser "confundida com um partido".
Texto Anterior: Reação: Para argentino, crítica ao Mercosul é declaração de campanha Próximo Texto: Retorno: Ex-ministra passa duas horas na sede do governo Índice
|