São Paulo, sábado, 23 de maio de 2009

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Aécio articula e líderes do PSDB assinam nota pró-Yeda

Texto diz que trajetória de governadora foi traçada "com respeito a princípios éticos"

Serra (SP), Teotonio Vilela (AL) e José de Anchieta (RR), também assinam texto, que afirma que gaúcha saberá responder às acusações


CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sob articulação do mineiro Aécio Neves, os governadores e líderes do PSDB assinaram ontem nota em solidariedade à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, acusada de uso de caixa dois na campanha eleitoral de 2006.
De acordo com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), a iniciativa foi de Aécio, mas o governador de São Paulo, José Serra, com quem falara na véspera, não impôs resistência. Para serristas, a assinatura do paulista serve para encerrar dúvidas a respeito de sua solidariedade.
Foi o mineiro, porém, quem telefonou para tucanos para que autorizassem o texto. Serra e Aécio disputam a preferência do PSDB para a corrida presidencial de 2010.
Na nota, o comando do partido afirma que a trajetória de Yeda foi construída "com respeito a princípios éticos" e exalta sua atuação no governo.
"A Direção Nacional do PSDB, os governadores eleitos pelo PSDB e os líderes partidários vêm reiterar o enorme respeito que têm pela governadora Yeda Crusius e por toda a sua longa trajetória política, construída com competência e respeito a princípios éticos", diz o texto, assinado também pelos governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, e de Roraima, José de Anchieta Júnior.
Os tucanos atribuem a turbulência enfrentada pela governadora à "radicalização do quadro político" no Estado.
"Lamentamos ainda que a radicalização do quadro político no Rio Grande do Sul esteja colocando em segundo plano a importante obra administrativa do governo estadual, que vem buscando, com extrema seriedade, o equilíbrio das contas públicas e o resgate da credibilidade interna e externa do Estado", acrescenta.
Ao se manifestar anteriormente sobre o assunto, Serra disse que a governadora saberia se defender das acusações. O argumento foi reproduzido na nota: "Estamos seguros de que a governadora saberá responder a cada uma das acusações que lhe são imputadas por seus opositores no Estado".
Segundo tucanos, a governadora vinha se queixando da falta de manifestação pública de apoio da sigla. "Com este documento tornamos pública nossa total solidariedade à governadora Yeda Crusius, ao PSDB do Rio Grande do Sul e aos nossos aliados", conclui a nota.
Além dos governadores e de Guerra, os líderes do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), e no Senado, Arthur Virgílio (AM), assinam o documento, divulgado em um momento em que integrantes do próprio DEM endossam o pedido de instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa gaúcha.
"Não dá para entender o DEM como linha auxiliar do PT e do PSOL no Estado", queixou-se José Anibal, após receber telefonema de Aécio.
A campanha de Yeda é alvo de denúncias de caixa dois e seu governo já enfrentou CPI que investigou suspeita de fraude de R$ 44 milhões no Detran. Yeda nega as irregularidades.


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