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Aécio articula e líderes do PSDB assinam nota pró-Yeda
Texto diz que trajetória de governadora foi traçada "com respeito a princípios éticos"
Serra (SP), Teotonio Vilela (AL) e José de Anchieta (RR), também assinam texto, que afirma que gaúcha saberá responder às acusações
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob articulação do mineiro
Aécio Neves, os governadores e
líderes do PSDB assinaram ontem nota em solidariedade à
governadora do Rio Grande do
Sul, Yeda Crusius, acusada de
uso de caixa dois na campanha
eleitoral de 2006.
De acordo com o presidente
nacional do PSDB, Sérgio
Guerra (PE), a iniciativa foi de
Aécio, mas o governador de São
Paulo, José Serra, com quem
falara na véspera, não impôs resistência. Para serristas, a assinatura do paulista serve para
encerrar dúvidas a respeito de
sua solidariedade.
Foi o mineiro, porém, quem
telefonou para tucanos para
que autorizassem o texto. Serra
e Aécio disputam a preferência
do PSDB para a corrida presidencial de 2010.
Na nota, o comando do partido afirma que a trajetória de
Yeda foi construída "com respeito a princípios éticos" e exalta sua atuação no governo.
"A Direção Nacional do
PSDB, os governadores eleitos
pelo PSDB e os líderes partidários vêm reiterar o enorme respeito que têm pela governadora
Yeda Crusius e por toda a sua
longa trajetória política, construída com competência e respeito a princípios éticos", diz o
texto, assinado também pelos
governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, e de Roraima, José de Anchieta Júnior.
Os tucanos atribuem a turbulência enfrentada pela governadora à "radicalização do quadro político" no Estado.
"Lamentamos ainda que a radicalização do quadro político
no Rio Grande do Sul esteja colocando em segundo plano a
importante obra administrativa do governo estadual, que
vem buscando, com extrema
seriedade, o equilíbrio das contas públicas e o resgate da credibilidade interna e externa do
Estado", acrescenta.
Ao se manifestar anteriormente sobre o assunto, Serra
disse que a governadora saberia
se defender das acusações. O
argumento foi reproduzido na
nota: "Estamos seguros de que
a governadora saberá responder a cada uma das acusações
que lhe são imputadas por seus
opositores no Estado".
Segundo tucanos, a governadora vinha se queixando da falta de manifestação pública de
apoio da sigla. "Com este documento tornamos pública nossa
total solidariedade à governadora Yeda Crusius, ao PSDB do
Rio Grande do Sul e aos nossos
aliados", conclui a nota.
Além dos governadores e de
Guerra, os líderes do PSDB na
Câmara, José Aníbal (SP), e no
Senado, Arthur Virgílio (AM),
assinam o documento, divulgado em um momento em que integrantes do próprio DEM endossam o pedido de instalação
de uma CPI na Assembleia Legislativa gaúcha.
"Não dá para entender o
DEM como linha auxiliar do PT
e do PSOL no Estado", queixou-se José Anibal, após receber telefonema de Aécio.
A campanha de Yeda é alvo
de denúncias de caixa dois e seu
governo já enfrentou CPI que
investigou suspeita de fraude
de R$ 44 milhões no Detran.
Yeda nega as irregularidades.
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