|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Saída de mulher de Cristovam da Casa é de zero de março
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dos críticos de irregularidades administrativas no Senado, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) teve sua mulher
envolvida em uma confusão de
atos de exoneração e nomeação
assinados no ano de 2007 pelo
então diretor-geral do Senado
Agaciel Maia.
Cristovam passou a tarde de
sexta-feira atrás do documento
de exoneração de Gladys Pessoa de Vasconcelos Buarque.
Ele chegou a suspeitar que o ato
de exoneração fosse secreto.
Ontem, Cristovam voltou ao
assunto no plenário do Senado.
"Não me sinto absolutamente
com rabo preso. E, se houver
[irregularidade], que seja dito e
que eu seja punido igualzinho a
qualquer outro que o tenha
também", afirmou.
De acordo com o senador,
sua mulher é funcionária da
Câmara dos Deputados desde
1983 e foi cedida, sem ônus, ao
Senado em 2003 para trabalhar
no gabinete do ex-senador
João Capiberibe (AP).
No começo de 2004, Gladys
passou para o gabinete do então senador Sibá Machado (PT-AC). Já em julho de 2006, ela
mudou para a Liderança do
PDT, partido do senador.
Em 9 de janeiro de 2007,
Gladys foi nomeada por Agaciel
para o cargo de assessora na Liderança, o que a levaria a receber aproximadamente R$ 1.500
por mês de gratificação.
Cristovam afirmou que sua
mulher nem chegou a tomar
posse porque não aceitava receber dinheiro do Senado. "Ela
nunca recebeu um centavo",
disse ele.
Na última sexta-feira, o senador recorreu à Diretoria de Recursos Humanos do Senado para encontrar o ato de exoneração. O documento publicado na
intranet do Senado aponta, por
erro de digitação, que Gladys
foi exonerada em "zero de março de 2007".
O outro ponto de confusão do
episódio é que, embora Gladys
já tivesse sido exonerada, a Liderança do PDT encaminhou
um ofício no dia 6 de março de
2007 a Agaciel Maia, pedindo
justamente a nomeação da mulher de Cristovam para o cargo.
Um semana depois, a Liderança do PDT enviou um outro
ofício solicitando que Agaciel
desconsiderasse o pedido de
nomeação.
Um dia antes, o jornal "Correio Braziliense" publicou uma
reportagem sobre nepotismo
citando o caso de Gladys.
Texto Anterior: Investigação: Relatório de comissão sobre atos deve sair hoje Próximo Texto: Fundação José Sarney usa funcionários Índice
|