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SANTO ANDRÉ
Testemunhos diferem
Vereadores encontram contradição em relatos
DA AGÊNCIA FOLHA
A CPI criada em Santo André
para investigar um suposto esquema de propina de empresários pretende anunciar hoje à tarde o nome de uma testemunha
que teria mentido durante depoimento à comissão.
Os cinco vereadores da CPI, da
base de sustentação da prefeitura
petista da cidade, irão à EPT (Empresa Pública de Transporte) e à
Aesa (Associação das Empresas
do Sistema de Transporte Coletivo de Santo André) para checar
contradições entre os depoimentos de Rosangela Gabrilli e Luiz
Marcondes de Freitas Jr.
À CPI, Rosangela, testemunha
de acusação do Ministério Público e sócia da Expresso Guarará,
disse que falsificava a numeração
das catracas de seus ônibus para
pagar R$ 40 mil de propina por
mês. Já Freitas Jr., gerente da Aesa
e um dos acusados pela Promotoria, afirmou ser "impossível adulterar esse sistema eletrônico".
"Vamos até a EPT para ver se é
possível essa falsificação. Um dos
dois [Rosangela ou Freitas Jr." terá de responder por falso testemunho à CPI. Eles podem ser enquadrados no artigo 342 do Código Penal, com pena de até dois
anos de reclusão", disse o presidente da CPI, Antônio Leite (PT).
Os empresários Sérgio Gomes
da Silva e Ronan Maria Pinto, e o
vereador petista Klinger Luiz de
Oliveira, que está afastado da Secretaria de Serviços Municipais
de Santo André, são acusados pelo Ministério Público de chefiar
uma suposta máfia de extorsão a
empresários para financiar campanhas do PT. Todos negam.
Na semana passada, a CPI pediu
a quebra dos sigilos fiscais de Sérgio Gomes, Ronan e Klinger. Foi
solicitado ainda à Jucesp (Junta
Comercial do Estado de São Paulo) um relato de empresas que algum dos 19 depoentes da CPI tenha participação acionária.
Apesar de auditoria externa que
apontou irregularidades contábeis na Expresso Guarará, a Prefeitura de Santo André decidiu
que não irá intervir imediatamente na empresa.
(EDUARDO SCOLESE)
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