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Candidatura Kassab não tem volta, afirma Rodrigo Maia
Segundo líder do DEM, PSDB pode ficar fora do 2º turno se rejeitar aliança com prefeito
Pesquisa Datafolha mostrou ontem que a aprovação a Kassab entre os paulistanos dobrou e passou de 15%, em março, para 30%, neste mês
LEANDRO BEGUOCI
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A ascensão do prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab (DEM),
torna a sua candidatura à reeleição no ano que vem irreversível, afirma o presidente nacional do Democratas, o deputado Rodrigo Maia (RJ).
Ontem, o Datafolha mostrou
que a aprovação a Kassab dobrou, na esteira de propagandas no rádio e na TV de sua administração na capital e da
campanha Cidade Limpa.
O índice de ótimo/bom passou de 15%, em março, para
30%, neste mês. "A pesquisa
acaba com o discurso de alguns
tucanos e petistas de que o prefeito não existia", diz Maia.
Para o deputado, a discussão
agora é outra: haverá aliança
com o PSDB na disputa pela
Prefeitura de São Paulo em
2008? Maia acha que sim, mas
com o DEM na cabeça da chapa
porque "o governador José Serra [de quem Kassab era vice]
tem sido implacável na defesa
da candidatura de Kassab".
Uma divisão pode favorecer o
PT, e Maia faz uma advertência
aos tucanos: "Eles devem considerar a hipótese de não disputar o segundo turno."
O recado é dirigido especialmente ao grupo de Geraldo
Alckmin, onde é grande a pressão para que ele dispute a prefeitura. Desde que o ex-governador deixou o Palácio dos
Bandeirantes, em 2006, seus
aliados perdem gradativamente espaço na máquina estadual
e não têm postos na administração DEM-PSDB da capital.
"Alckmin está preparado para
ocupar qualquer cargo público,
inclusive a Presidência, mas só
deverá tomar uma posição no
ano que vem", diz o deputado
Edson Aparecido (PSDB-SP).
A pressão pela candidatura
não fervilha apenas entre
"alckmistas". Antônio Carlos
Pannunzio, líder tucano na Câmara e próximo a Serra, diz que
o PSDB terá candidato, apesar
da boa relação com Kassab.
Um dos principais aliados de
Kassab dentro do PSDB, o secretário da Coordenação das
Subprefeituras, Andrea Matarazzo, disse que os números
apontam para a legitimação da
candidatura do prefeito à reeleição. "É o caminho para a
consolidação da candidatura.
Ele está no páreo", afirmou ele,
ressaltando, porém, que ainda é
cedo para definição do cenário.
O também secretário tucano
Walter Feldman (Esportes) diz
que "a aliança depende muito
do Alckmin, um candidato forte, mas é inegável que o Kassab
se inseriu na cidade".
Para o ex-governador Cláudio Lembo (DEM), "o candidato vai ser quem estiver melhor
nas pesquisas, e essa pessoa será o Kassab".
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