São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2008

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Yeda culpa antecessores por crise política

Governadora afirma que problemas de corrupção no Detran-RS existiam antes de ela assumir, em 2007

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Há oito meses enfrentando uma crise política gerada pelo desvio de verbas do Detran e suposto caixa dois eleitoral, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), responsabilizou ontem governos anteriores pelos problemas de corrupção no Estado.
Segundo a tucana, o Detran foi criado em 1997, quando o Estado era administrado por Antônio Britto (ex-PMDB), e desde sua criação há relatos de desvio de recursos públicos.
"[Esses problemas de corrupção] vêm de antes. O Detran nasceu em 1997 e já nasceu como ele é hoje. Enfrentei neste ano uma agenda que não é minha", disse a tucana, sem citar os que administraram o Estado entre os anos de 1997 e 2006, antes de ela assumir.
Depois de Britto, governaram o Rio Grande do Sul Olívio Dutra (PT) e Germano Rigotto (PMDB), que indicou para a presidência do Detran Carlos Ubiratan dos Santos, apontado pela Polícia Federal como um dos autores do esquema de desvio, juntamente com Lair Ferst, empresário que era filiado ao PSDB e que atuou há dois anos como arrecadador informal de fundos da campanha de Yeda ao governo.

R$ 44 milhões
Em novembro de 2007, a Polícia Federal deflagrou uma operação que prendeu 13 pessoas e desmontou a fraude. Inquérito da PF apontou que houve desvio de R$ 44 milhões da estatal em contratos superfaturados com empresas de familiares de dirigentes de PP, PSDB, PDT e PMDB, partidos que integram o governo da tucana. Na semana passada, os bens das pessoas e empresas envolvidas no esquema foram bloqueados pela Justiça.


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