São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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ASILO

Refugiados exigem ar-condicionado

Afegãos reclamam de tratamento no RS

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O Ministério Público Federal assumiu ontem o papel de intermediador na crise existente entre as famílias de afegãos exilados em Porto Alegre e a Cenoe (Central de Orientação e Encaminhamentos), uma ONG dedicada a tratar desse tipo de caso, mas que, segundo os afegãos, não estaria lhes dando a devida atenção.
Em um debate durante audiência pública, o procurador-regional dos Direitos do Cidadão, Paulo Cogo Leivas, afirmou que haverá nova reunião na semana que vem, em dia a ser marcado, e criticou a falta de diálogo das entidades responsáveis com os afegãos, na cidade desde abril.
Os afegãos enviaram carta à ONU e ao Ministério da Justiça se dizendo deprimidos e ameaçando cometer suicídio. ""Se o Brasil acha difícil atender aos pedidos, solicitamos que nos mandem para um país que possa", disse a carta. São 25 os refugiados. A Cenoe admitiu que está havendo essa dificuldade de diálogo.
Os afegãos querem aumentos salariais em relação aos R$ 520 que recebem por família. Pedem emprego, intérprete para conseguirem se comunicar melhor enquanto não aprendem o português, TVs, transporte, eletrodoméstico e aparelhos de ar-condicionado em seus apartamentos.
O entendimento do governo federal é de que não há motivos para modificar as condições de vida dos afegãos no Brasil.



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