São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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SÃO PAULO

Coordenação da campanha de Genoino avalia que troca de acusações poderia beneficiar petista, que está em 3º nas pesquisas

PT lamenta ausência de ataques entre Maluf e Alckmin

EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA

A temperatura morna dos debates e a falta de ataques mais fortes entre Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB), líderes nas pesquisa de intenção de voto, estão frustrando os planos da coordenação de campanha de José Genoino (PT) ao governo de São Paulo, que caracteriza a situação do petista como "angustiante".
Uma troca de acusações e de dossiês entre pepebistas e tucanos poderia dar fôlego a Genoino, avaliam os responsáveis pela campanha do PT. O temor petista é que os adversários estejam guardando munição para uma eventual disputa no segundo turno.
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, o candidato petista aparece em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto, atrás de Maluf (40%) e Alckmin (24%).
A avaliação do partido é que Genoino tem capacidade para decolar, mas, ao mesmo tempo, corre contra o relógio (restam 45 dias para a eleição) e o fato de o candidato ser desconhecido nas camadas mais pobres da população.
Para ganhar tempo e espaço, a coordenação petista dividiu as atividades de Genoino e de seu vice, Luiz Marinho -presidente afastado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
Enquanto Genoino cuida especificamente das gravações dos programas eleitorais e fica no corpo-a-corpo com os eleitores, Marinho tem uma agenda mais estratégica, visitando os principais centros econômicos do interior.
"Existe uma certa angústia na militância. Mas tenho absoluta certeza que o Genoino vai ao segundo turno para ganhar essas eleições", afirmou José Luiz Gonçalves, coordenador da macrorregião do Vale do Paraíba.
Para José Carlos Triniti Fernandes, coordenador em Sorocaba, "ao mesmo tempo em que existe a angústia, há a esperança".
"Temos de tirar a imagem de uma eleição polarizada [entre Maluf e Alckmin]. A nossa intenção é mostrar que está tudo indefinido", afirmou o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi.



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