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SÃO PAULO
Coordenação da campanha de Genoino avalia que troca de acusações poderia beneficiar petista, que está em 3º nas pesquisas
PT lamenta ausência de ataques entre Maluf e Alckmin
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
A temperatura morna dos debates e a falta de ataques mais fortes
entre Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB), líderes nas
pesquisa de intenção de voto, estão frustrando os planos da coordenação de campanha de José Genoino (PT) ao governo de São
Paulo, que caracteriza a situação
do petista como "angustiante".
Uma troca de acusações e de
dossiês entre pepebistas e tucanos
poderia dar fôlego a Genoino,
avaliam os responsáveis pela
campanha do PT. O temor petista
é que os adversários estejam guardando munição para uma eventual disputa no segundo turno.
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, o candidato petista aparece
em terceiro lugar, com 10% das
intenções de voto, atrás de Maluf
(40%) e Alckmin (24%).
A avaliação do partido é que Genoino tem capacidade para decolar, mas, ao mesmo tempo, corre
contra o relógio (restam 45 dias
para a eleição) e o fato de o candidato ser desconhecido nas camadas mais pobres da população.
Para ganhar tempo e espaço, a
coordenação petista dividiu as
atividades de Genoino e de seu vice, Luiz Marinho -presidente
afastado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
Enquanto Genoino cuida especificamente das gravações dos
programas eleitorais e fica no corpo-a-corpo com os eleitores, Marinho tem uma agenda mais estratégica, visitando os principais
centros econômicos do interior.
"Existe uma certa angústia na
militância. Mas tenho absoluta
certeza que o Genoino vai ao segundo turno para ganhar essas
eleições", afirmou José Luiz Gonçalves, coordenador da macrorregião do Vale do Paraíba.
Para José Carlos Triniti Fernandes, coordenador em Sorocaba,
"ao mesmo tempo em que existe a
angústia, há a esperança".
"Temos de tirar a imagem de
uma eleição polarizada [entre
Maluf e Alckmin]. A nossa intenção é mostrar que está tudo indefinido", afirmou o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi.
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