São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002

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RIO GRANDE DO SUL

Germano Rigotto sobe em nova pesquisa

Polarização entre Tarso e Britto divide espaço com subida do PMDB

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A pesquisa do instituto Cepa, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), mostrou ontem uma novidade que pode mudar o quadro eleitoral para o governo gaúcho nas duas semanas restantes de campanha: o candidato do PMDB, Germano Rigotto, subiu de 11,1% registrados no domingo anterior para 17,6%.
O candidato do PPS, Antônio Britto, caiu de 29,9% para 26%. Tarso Genro (PT) continua líder, com 34,3% -antes, tinha 34,8%.
Com isso, a polarização absoluta entre Tarso e Britto que dominava a campanha desde o começo ganha um fato novo.
A apuração ouviu 1.755 eleitores nos dias 18 e 19 em 49 municípios e foi publicada na edição de ontem do jornal ""Zero Hora". A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou menos.
Em relação às eleições presidenciais, Britto é o candidato ligado a Ciro Gomes (PPS), e Rigotto está vinculado ao tucano José Serra -o PSDB tem a vaga de vice na sua chapa, com o vereador Antônio Hohfeldt, de Porto Alegre.
A tendência de crescimento de Rigotto e queda de Britto, com Tarso estável, começara a se desenhar na pesquisa do Cepa realizada uma semana atrás: Britto havia caído de 40,6% para 29,9%, e Rigotto subira de 4,5% para 11,1%.
O que inicialmente pode parecer um quadro tranquilo para Tarso não se configura assim quando o Cepa projeta um eventual segundo turno: Tarso derrotaria Britto (46,5% a 39,3%), mas empataria com Rigotto -que teria 43,9%, contra 42,4% do petista. A explicação para isso provavelmente esteja nos índices de rejeição: Britto tem 38,8% e Tarso, 27,3%. Rigotto, apenas 4,9%.
No sábado, o instituto do jornal ""Correio do Povo" apresentou uma pesquisa em que mostra um quadro mais estável, com os três candidatos oscilando dentro da margem de erro (2,2 pontos): Tarso vai de 33,6% para 34%, Britto vai de 29% para 27,2% e Rigotto, de 14,8% para 16,1%.
Para as duas semanas de campanha que restam, as estratégias dos candidatos são as seguintes: Tarso vai apostar na militância, no comício que realizará com Lula em Porto Alegre no próximo dia 30 (pretende levar 100 mil pessoas) e nos comícios, carreatas e caminhadas em 43 cidades; Britto vai intensificar o corpo-a-corpo nas zonas centrais das principais cidades do interior, com comícios, carreatas e caminhadas nas regiões centrais; e Rigotto tentará reforçar sua imagem de nova opção para combater o PT, atraindo aliados de Britto e realizando comícios nos principais colégios eleitorais do Estado.


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