São Paulo, sábado, 23 de setembro de 2006

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Serra aumenta tom das críticas a Lula e diz que nunca existiu nenhum "dossiê'

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, elevou ontem o tom das críticas ao governo Lula (PT), envolvido no escândalo do dossiê -que já derrubou Ricardo Berzoini, coordenador da campanha petista à reeleição, e Hamilton Lacerda, coordenador da campanha do rival de Serra Aloizio Mercadante (PT).
"Esse escândalo representou uma grande baixaria que foi armada, e foi um tiro no pé do próprio PT, para alavancar uma candidatura estadual que já ia mal", disse Serra, um dia depois de ter sido isentado de envolvimento na máfia dos sanguessugas no depoimento de Luiz Antonio Vedoin à PF.
Questionado se Vedoin, apontado como líder dos sanguessugas, teria recuado em seu depoimento à PF depois de afirmar que Serra e Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, estavam envolvidos no escândalo das ambulâncias, o tucano afirmou que "não dá para falar em recuo". "Apenas não aconteceu nada daquilo que se dizia que tinha acontecido. Eu sempre disse que não existia dossiê", falou.
Em encontro com provedores de Santas Casas e hospitais beneficentes, Serra citou como os principais problemas do governo Lula a saúde e a política monetária/fiscal, que resulta na questão da empregabilidade. "Eles [os petistas] estão para lá de neoliberais", criticou.
Ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ele endureceu também as críticas à atuação do governo Lula na área. "Lula tirou dinheiro da saúde para pôr no Bolsa-Família. Isso está matando as Santas Casas do Brasil." (DÉBORA YURI)

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