São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2008

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RIO GRANDE DO SUL

Promotoria investiga suspeita contra dois auxiliares de Yeda

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O Ministério Público do Rio Grande do Sul vai investigar dois auxiliares da governadora Yeda Crusius (PSDB) por suspeita de receber dinheiro de empresários como complemento salarial.
Os investigados são o secretário de Governo, Erik Camarano, e o presidente da Procergs (estatal de processamento de dados do Rio Grande do Sul), Ronei Martins Ferrigolo.
O anúncio da investigação foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Renner, depois que a revista "Veja" afirmou que Camarano, que recebe salário de R$ 6.120, tinha um rendimento mensal de R$ 20 mil -a diferença seria bancada pela ONG Pólo RS, mantida por empresários. Segundo a revista, Ferrigolo recebe mensalmente R$ 15 mil da Federasul (Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul). Os dois negam as acusações.
Camarano afirma que recebeu pagamentos da Pólo RS referentes a serviços de consultoria que prestou antes de assumir a secretaria.
Ferrigolo também disse que recebeu pagamentos da Federasul por serviços de consultoria prestados antes de assumir a Procergs.
As suspeitas sobre a existência da suposta mesada são mais um capítulo da crise política atravessada por Yeda. Em pouco mais de 20 meses de governo, Yeda já promoveu 18 trocas no primeiro escalão de seu governo.
Movida por escândalos de corrupção que começaram em novembro de 2007, quando a PF desmontou um esquema que teria desviado R$ 44 milhões do Detran-RS, a crise já abateu o núcleo político do governo. Hoje 40 pessoas respondem a processos criminais por causa do desvio. O governo disse ontem que vai acompanhar as novas investigações.


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