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MOTOSSERRA
Hildebrando culpa policial por assassinato
DO ENVIADO A RIO BRANCO (AC)
Em um interrogatório
que durou mais de oito horas, o ex-policial militar do
Acre e deputado federal
cassado Hildebrando Pascoal acusou um policial
morto pelo assassinato de
um homem no caso que ficou conhecido como "crime da motosserra".
Hildebrando é acusado
pelo Ministério Público de
assassinato após sessão de
tortura em que a vítima foi
esquartejada. Ontem foi o
segundo dia do julgamento em Rio Branco.
Ele disse que quem matou Agílson Santos, o Baiano, foi Alípio Ferreira, ex-vereador e ex-policial acusado de integrar o esquadrão da morte liderado
por Hildebrando, segundo
a denúncia do Ministério
Público do Acre. Alípio
também foi denunciado
pelo crime, mas já morreu.
Hildebrando sempre negou a acusação, mas nunca
havia apontado um autor.
"Eu queria o Baiano vivo, não morto", disse Hildebrando. "Mas não seria
desonra nenhuma ter matado ele, já que ele assassinou meu irmão."
Baiano trabalhava para
uma pessoa acusada de
matar um irmão do ex-coronel e o acompanhava
quando ocorreu o crime.
Ainda de acordo com
Hildebrando, Alípio lhe
contou ter matado Baiano
por ser muito amigo de seu
irmão. "Ele disse que cortou as pernas e os braços
dele, com facão, porque
não poderia deixar suas algemas nele", disse.
Uma exumação confirmou que a vítima teve os
braços e as pernas cortadas com uma motosserra.
Ontem, o juiz Leandro
Gross chegou a interromper a sessão por causa de
uma discussão entre o advogado de Hildebrando e o
promotor. A previsão é
que o julgamento termine
hoje ou na madrugada de
amanhã.
(LUCAS FERRAZ)
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