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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
"Temas familiares" na TV preocupam rivais
Campanhas de PT e PSDB planejam evitar questões que envolvam parentes, mas se preparam para revide na TV Record
Publicitário do PSDB quer usar o debate para questões "programáticas", mas sem deixar de lado os escândalos de corrupção ligados ao PT
DA REPORTAGEM LOCAL
Na véspera do penúltimo debate televisivo da eleição deste
ano, as campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e de Geraldo Alckmin faziam
mistério ontem sobre se pretendem abordar temas que envolvam familiares dos candidatos ao Planalto no encontro de
hoje à noite na TV Record.
Reservadamente, as duas
campanhas diziam ontem que
não pretendiam incluir o tema
em suas pautas, mas que iriam
preparadas para o revide se o
adversário tocar no assunto.
No PSDB, a decisão caberá ao
próprio candidato, já que o jornalista Luiz Gonzalez, responsável pela comunicação da
campanha, planeja utilizar o
debate para questões "programáticas", mas mantendo a alta
temperatura no caso dos escândalos de corrupção.
Reportagem da revista "Veja" liga Fábio Luís Lula da Silva,
o Lulinha, ao lobista Alexandre
Paes dos Santos, conhecido como APS, investigado pela Polícia Federal. Parte da coligação
PSDB-PFL defende a inclusão
desse assunto no debate.
Nesse caso, também seria
abordado o negócio da empresa
do filho do presidente, a Gamecorp, com a Telemar. A Gamecorp nega que a empresa tenha
atuado para "influenciar decisões de governo". O lobista APS
diz que não conhecer Lulinha.
Ontem, em entrevista ao programa "Roda Viva", ao ser indagado sobre o fato de sua filha,
Sofia, ter trabalhado na loja
Daslu, investigada pela PF, o
tucano disse que não se incomodava ao abordar temas relativos à família. Do lado petista,
se Alckmin insistir em mencionar os negócios de Lulinha, a
questão será tratada como "caso requentado". Em um contra-ataque, ele poderia cobrar do
tucano explicações sobre a doação de vestidos à Lu Alckmin.
Os temas relativos à família
ficaram fora dos debates do segundo turno até agora.
Lula foi aconselhado por aliados a ser mais comedido nas
ironias no debate A análise da
coordenação de campanha é
que Lula abusou do sarcasmo
em alguns momentos no SBT,
na quinta, o que pode transmitir a idéia de arrogância.
(MALU
DELGADO E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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