São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

"Temas familiares" na TV preocupam rivais

Campanhas de PT e PSDB planejam evitar questões que envolvam parentes, mas se preparam para revide na TV Record

Publicitário do PSDB quer usar o debate para questões "programáticas", mas sem deixar de lado os escândalos de corrupção ligados ao PT

DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera do penúltimo debate televisivo da eleição deste ano, as campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Geraldo Alckmin faziam mistério ontem sobre se pretendem abordar temas que envolvam familiares dos candidatos ao Planalto no encontro de hoje à noite na TV Record.
Reservadamente, as duas campanhas diziam ontem que não pretendiam incluir o tema em suas pautas, mas que iriam preparadas para o revide se o adversário tocar no assunto.
No PSDB, a decisão caberá ao próprio candidato, já que o jornalista Luiz Gonzalez, responsável pela comunicação da campanha, planeja utilizar o debate para questões "programáticas", mas mantendo a alta temperatura no caso dos escândalos de corrupção.
Reportagem da revista "Veja" liga Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, ao lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, investigado pela Polícia Federal. Parte da coligação PSDB-PFL defende a inclusão desse assunto no debate.
Nesse caso, também seria abordado o negócio da empresa do filho do presidente, a Gamecorp, com a Telemar. A Gamecorp nega que a empresa tenha atuado para "influenciar decisões de governo". O lobista APS diz que não conhecer Lulinha.
Ontem, em entrevista ao programa "Roda Viva", ao ser indagado sobre o fato de sua filha, Sofia, ter trabalhado na loja Daslu, investigada pela PF, o tucano disse que não se incomodava ao abordar temas relativos à família. Do lado petista, se Alckmin insistir em mencionar os negócios de Lulinha, a questão será tratada como "caso requentado". Em um contra-ataque, ele poderia cobrar do tucano explicações sobre a doação de vestidos à Lu Alckmin.
Os temas relativos à família ficaram fora dos debates do segundo turno até agora.
Lula foi aconselhado por aliados a ser mais comedido nas ironias no debate A análise da coordenação de campanha é que Lula abusou do sarcasmo em alguns momentos no SBT, na quinta, o que pode transmitir a idéia de arrogância. (MALU DELGADO E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)


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