São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Saída Gordon Brown

Na manchete de Guilherme Barros na Folha Online, às 9h, "Governo autoriza bancos públicos a estatizarem instituições financeiras". Lula "aderiu de cabeça à saída Gordon Brown", o primeiro-ministro britânico que ajudou a conter o pânico financeiro nos EUA e Europa, e autorizou "participações em instituições financeiras". Na manchete da Reuters Brasil, a partir daí, "Banco do Brasil e Caixa poderão comprar bancos privados". E no despacho da Associated Press, "Bancos brasileiros são liberados para comprar outras instituições". Já no Globo Online, dia todo, "Guido Mantega: Brasil não tem banco quebrando".
No "Financial Times", a longa reportagem "Brasil abre caminho para ajuda" informava que "o sinal verde é para os bancos governamentais levantarem instituições abaladas pelas dívidas de empresas que fizeram apostas ruins no câmbio". Lista Sadia, Votorantim e Aracruz, mas avisa que outras "centenas de empresas podem querer renegociar sua exposição aos derivativos com os bancos emissores".

O TAMANHO DA ENCRENCA
Também o "Wall Street Journal" de Antonio Regalado destacou os derivativos brasileiros, antes mesmo da estatização. Disse que é o "fantasma latino", com os "casos mais dramáticos" de Votorantim e Aracruz. E foi "diante dos riscos à sua economia" que o Banco Central do país saiu vendendo bilhões "para sustentar a moeda".
No "Valor", Cristiano Romero disse que o BC está "ainda mapeando o tamanho da encrenca", mas "uma autoridade assegura não haver, para os bancos, risco sistêmico". No iG, Luis Nassif identificou a "autoridade" citada como o próprio BC -e afirmou que a instituição "deixou a jogatina correr solta" com o "swap reverso" e agora "está gastando dólares das reservas para corrigir o erro".
Diz que o modelo foi montado por um ex-presidente do Deutsch Bank e economistas ligados ao Garantia.

EMERGENTES À DERIVA

"Corretores estatais" e residências para venda, ontem no "China Daily"

O "WSJ" deu que as operações com derivativos espalham problemas pelos emergentes todos -e o "FT" se concentrou, ontem no site, na China. No caso, seriam contratos derivativos de petróleo, assinados por um grupo estatal com a subsidiária do banco Goldman Sachs. O grupo recebeu ordem do governo para cancelar os contratos.

E PACOTE À CHINESA
Mas a prioridade de Pequim, no momento, é o mercado imobiliário. Era a manchete on-line do estatal "China Daily", ontem à noite, com a decisão de "cortar as taxas de juros sobre hipotecas em até 30%", além de reduzir tributos sobre a compra de residências. A medida teria sido aprovada ontem por uma "reunião de emergência".

A PARANÓIA
Por CBN e outras Globos, a comentarista Míriam Leitão reagiu desde cedo à "ameaça de estatização do sistema", com a medida do governo que "acredita em estatizar". Solitariamente, no fim do dia, postou que "foi isso que explicou o dia com "circuit breaker'" na Bovespa, ontem.
E atacou, em especial, a "paranóia" de que "há problemas maiores do que se sabe no sistema financeiro".

wsj.com
Fim de tarde e, no alto das páginas iniciais de Folha Online a "WSJ", sem tempo para link, a notícia "urgente" das Bolsas

AS PREOCUPAÇÕES
Nas manchetes on-line do Brasil aos EUA, ontem no fim do dia, as ações voltaram a desabar. Para o Valor Online, "a piora é global, devido ao receio de recessão com projeções das empresas" americanas. E "aqui os agentes estão ainda temerosos com eventuais perdas de empresas compromissadas em dólar", nas operações com derivativos. No exterior, da Bloomberg ao "FT", a queda na Bovespa foi creditada ao "temor pelo crescimento global".
E também Wall Street caiu, segundo as manchetes on-line de "NYT" e "WSJ", pelas "preocupações com o setor corporativo", notadamente Boeing, AT&T e Alcoa.

"FASHION"
washingtonpost.com
Wall Street sobe e desce, mas o que animou as páginas iniciais de "NYT" e "WP", ontem, foram as compras de Sarah Palin por Saks, Macy's e outras de Nova York, em valor superior ao salário anual de governadora. O gasto foi assumido por assessor republicano, depois


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@ - Nelson de Sá



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