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PT racha e já negocia vice de Ciro na disputa pelo governo de SP
Grupo de Dirceu apresentou Emidio e Edinho como alternativas para a chapa
Sergio Lima -16.out.09/Folha Imagem
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O deputado Ciro Gomes, que pode se candidatar ao governo de SP
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
A ala do PT paulista liderada
pelo ex-ministro José Dirceu
ofereceu ao PSB de Ciro Gomes
dois nomes para ocupar o posto
de vice caso o deputado federal
pelo Ceará aceite encabeçar
uma chapa antitucanos na corrida pelo governo de São Paulo.
Emidio de Souza, prefeito de
Osasco, e Edinho Silva, presidente do PT-SP, foram apresentados como alternativa. O
gesto formaliza a divisão no PT
no principal Estado do país.
O movimento tem ainda como objetivo enfraquecer o grupo que no dia 5 do mês passado
aprovou a "construção" de uma
candidatura própria à sucessão
de José Serra (PSDB).
Além de Dirceu, fazem parte
desse grupo os deputados federais Cândido Vaccarezza, líder
do PT na Câmara, José Genoino e José Mentor. Eles também
avisaram o PSB que, caso Ciro
aceite concorrer ao governo, já
tem maioria para barrar a candidatura própria petista -encampada pela ex-prefeita de
São Paulo Marta Suplicy.
O projeto de lançar Ciro, aliado do Planalto, para o Bandeirantes, retirando-o da corrida
pela Presidência, foi anunciado
pelo presidente Lula com o objetivo de favorecer a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil).
Ciro diz que não pretende desistir de disputar a Presidência.
Palocci
Na próxima semana, o PT-SP
abre inscrições para os pré-candidatos ao governo. A despeito de costurar a indicação de
um vice, o grupo de Dirceu vai
lançar Emidio ao governo.
Com isso, marca posição internamente e cria um grande
obstáculo ao ex-ministro e deputado federal Antonio Palocci, nome defendido por Marta.
A ex-prefeita avalia que Palocci aceitaria negociar sua
candidatura, mas não gostaria
de enfrentar prévias nem de
contrariar o presidente Lula.
Outro golpe contra o ex-ministro da Fazenda foi oferecer a
vaga de vice de Ciro a Edinho
Silva, ex-prefeito de Araraquara e afilhado político de Palocci
e de Dilma. A alternativa acomodaria o grupo do ex-ministro no arranjo pró-Ciro.
Emidio nega intenção de ser
vice. Edinho não foi localizado.
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