São Paulo, quarta-feira, 23 de novembro de 2005

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STF julga novo recurso de Dirceu contra cassação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) deverão decidir hoje se concedem ou não liminar pedida pelo deputado José Dirceu (PT-SP) para suspender o processo de cassação de seu mandato e impedir a votação no plenário da Câmara, prevista para o dia 30.
O ministro do STF Carlos Ayres Britto poderia examinar individualmente o pedido de liminar na condição de relator do terceiro mandado de segurança movido por Dirceu, mas preferiu compartilhar a decisão com os colegas e hoje apresentará o seu voto em sessão plenária.
Há duas semanas, Dirceu entrou com um novo mandado de segurança, o terceiro, no qual alega haver inconstitucionalidades no seu processo disciplinar.
O petista argumenta que o Conselho de Ética da Câmara não poderia ter negado o pedido do PTB de retirada da representação contra ele, não poderia ter prorrogado o prazo do processo e não poderia ter ouvido primeiro as testemunhas de defesa. Também afirma que o relator não poderia ter incluído em seu parecer um depoimento que cita dados protegidos por sigilo bancário.
Segundo os advogados dele, essas supostas irregularidades implicaram a violação de direitos fundamentais previstos na Constituição, como o devido processo legal e a ampla defesa. O deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do conselho, nega as irregularidades.
No primeiro mandado de segurança, o plenário rejeitou o pedido de liminar por 7 votos contra 3. Na segunda ação, uma liminar do ministro Eros Grau proibiu o Conselho de Ética de usar provas que foram obtidas pela CPI dos Correios a partir da quebra de sigilos bancário e telefônico. A decisão representou uma vitória de Dirceu. (SILVANA DE FREITAS)

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