São Paulo, quarta-feira, 23 de novembro de 2005

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OUTRO LADO

Estatal reavalia ações; Skymaster nega acusações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos afirmou que está reavaliando o modelo de contratação, de gestão e de custos da RPN (Rede Postal Noturna). Segundo a estatal, as irregularidades atribuídas à Skymaster estão sendo analisadas pela área jurídica, que tomará as providências cabíveis. A área técnica da estatal está avaliando o superfaturamento apontado pela CPI e ainda não firmou uma opinião a respeito.
A Skymaster rejeitou "firme e veementemente" as acusações do relatório. Segundo a empresa, os petistas que integram a comissão condenaram previamente a Skymaster pelo fato de ela trabalhar para os Correios desde o governo FHC.
"Sem conhecimento do que é o setor aéreo, parlamentares submeteram a Skymaster a um linchamento público, restando a ela apenas a possibilidade de rebater posteriormente as mentiras, sempre em desvantagem." A empresa negou as acusações e disse que o relatório é baseado em "informações disparatadas, cálculos ilógicos e conclusões precipitadas".
O ex-presidente da Beta, Antônio Augusto Morato Leite, afirmou que os contratos com os Correios seguiram as regras estabelecidas pelos editais de licitação. Em relação ao acordo com a Skymaster, ele disse que foi feito "às claras" e registrado em cartório, sendo a única alternativa encontrada para atender à RPN. Segundo ele, nenhuma empresa de carga aérea tinha condição de cumprir sozinha as exigências.
A Folha não conseguiu localizar o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira ontem. Ao prestar depoimento à CPI, em julho, ele disse que nunca fez mediação de interesses de empresários no governo. (FK)


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