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OUTRO LADO
Estatal reavalia ações; Skymaster nega acusações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos afirmou que
está reavaliando o modelo de
contratação, de gestão e de custos da RPN (Rede Postal Noturna). Segundo a estatal, as irregularidades atribuídas à
Skymaster estão sendo analisadas pela área jurídica, que tomará as providências cabíveis.
A área técnica da estatal está
avaliando o superfaturamento
apontado pela CPI e ainda não
firmou uma opinião a respeito.
A Skymaster rejeitou "firme e
veementemente" as acusações
do relatório. Segundo a empresa, os petistas que integram a
comissão condenaram previamente a Skymaster pelo fato de
ela trabalhar para os Correios
desde o governo FHC.
"Sem conhecimento do que é
o setor aéreo, parlamentares
submeteram a Skymaster a um
linchamento público, restando
a ela apenas a possibilidade de
rebater posteriormente as
mentiras, sempre em desvantagem." A empresa negou as acusações e disse que o relatório é
baseado em "informações disparatadas, cálculos ilógicos e
conclusões precipitadas".
O ex-presidente da Beta, Antônio Augusto Morato Leite,
afirmou que os contratos com
os Correios seguiram as regras
estabelecidas pelos editais de licitação. Em relação ao acordo
com a Skymaster, ele disse que
foi feito "às claras" e registrado
em cartório, sendo a única alternativa encontrada para
atender à RPN. Segundo ele,
nenhuma empresa de carga aérea tinha condição de cumprir
sozinha as exigências.
A Folha não conseguiu localizar o ex-secretário-geral do
PT Silvio Pereira ontem. Ao
prestar depoimento à CPI, em
julho, ele disse que nunca fez
mediação de interesses de empresários no governo.
(FK)
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