São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Procurador envia documentos para investigações em SP e MG

LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, encaminhou documentação ao Ministério Público Federal em Minas Gerais e em São Paulo para que sejam abertas novas investigações contra políticos e empresários que não contam com foro privilegiado.
Entre os alvos da Procuradoria estão o secretário de governo de Aécio Neves (MG), Danilo de Castro, o publicitário Duda Mendonça, dirigentes do Banco Rural e o advogado Rogério Tolentino, suspeito de irregularidades quando foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral.
Em relação a políticos que possam ter recebido recursos de caixa dois em 1998, Antonio Fernando disse que não há necessidade de aprofundamento das investigações, "pois os fatos estão prescritos".
Danilo de Castro foi avalista de um empréstimo obtido pela SMPB Comunicação, no Banco Rural, em novembro de 2004. "Coincidentemente, as empresas de Marcos Valério (SMPB e DNA) venceram licitações para a publicidade do governo de Minas justamente com Danilo de Castro como secretário de Estado responsável pelo certame", escreveu o procurador.
Segundo o procurador, há suspeitas de que Rogério Tolentino tenha recebido vantagem indevida de Marcos Valério, em troca de decisões favoráveis aos interesses eleitorais de Eduardo Azeredo.
O procurador sugere que sejam apuradas as condutas dos comprovados beneficiários do valerioduto. Nesse caso, ele cita Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes.
Antonio Fernando especificou também que sejam investigadas empresas que financiaram a campanha de Azeredo.
No caso de São Paulo, pediu que sejam apuradas suspeitas de improbidade na Fundacentro. A PF levantou indícios de que a Fundação fez repasses indevidos ao valerioduto.


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