São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Denúncia é "incoerente", diz advogado de Valério

Para defensor, inconsistência aparece na comparação com acusação sobre mensalão; Clésio Andrade diz que não participava de decisões

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O advogado de Marcos Valério Fernandes de Souza que cuida da parte criminal do caso, Marcelo Leonardo, contestou a denúncia feita ontem pela Procuradoria-geral da República, afirmando que ela é "incoerente" em comparação com a denúncia do mensalão do PT.
"Pode-se registrar uma incoerência do procurador entre o inquérito 2245 [mensalão] e esta, na medida em que ele excluiu [da denúncia de ontem] todas as pessoas que receberam valores, justificando que isso seria crime eleitoral, que já está prescrito", disse Leonardo.
Mas, segundo ele, no mensalão "foi dito que era corrupção", e não crime eleitoral.
Sobre a denúncia de peculato, o advogado disse que isso será "facilmente comprovado", porque há muitas provas de que os eventos esportivos existiram e foram realizados.
O empresário Clésio Andrade, em nota, disse: "Em maio de 1998 deixou a sociedade da qual fazia parte na SMPB, bem antes, portanto, do início das eleições daquele ano. Durante a campanha estadual, participou do pleito como candidato a vice, indicado por seu partido à época, com a incumbência de viajar pelo interior do Estado em busca de votos. Não era membro do governo, razão pela qual não participou de qualquer decisão de governo, especialmente no que tange a ordenamento de despesas do Estado ou de empresas estatais".
Os advogados de Cláudio Mourão, Otávio Caetano, e de Cristiano Paz, Monteiro Filho, disseram que não tinham conseguido ler a denúncia. O advogado de Ramon Cardoso, Hermes Guerreiro, disse que não viu "nenhum fato que demonstrasse que seu cliente tenha se apropriado de alguma coisa".
Jair Alonso de Oliveira e José Afonso Beltrão da Silva, não atenderam aos telefonemas durante a tarde. Na casa de Fernando Soares, uma pessoa disse que ele estava viajando. Na casa de Eduardo Mundim, foi dito que ele não tinha nada a falar sobre o assunto.
Um escritório de advocacia que defende Eduardo Guedes disse que não teria como se manifesta. A Folha não localizou Sylvio Perez de Carvalho, Lauro Lima Filho e Renato Caporali Ribeiro.


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