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PRIVATIZAÇÃO
Leilão da empresa de Ribeirão teve 1 participante
Telefônica compra Ceterp pelo preço mínimo de R$ 208,8 mi
VÂNIA CARVALHO
da Folha Ribeirão
O grupo espanhol Telefônica
comprou ontem a Ceterp (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto) por R$ 208,8 milhões em leilão
realizado na Bovespa (Bolsa de
Valores de São Paulo).
O valor foi o preço mínimo estabelecido pela Prefeitura de Ribeirão Preto (319 km de São Paulo),
acionista majoritária da empresa
de telefonia.
A Telefônica adquiriu também
a participação dos fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil),
Sistel e Telos (das empresas do
antigo Sistema Telebrás) na Ceterp e fará uma oferta pública para adquirir a participação dos minoritários na empresa.
A Telefônica irá pagar R$ 125
milhões aos fundos de pensão pelas ações da Ceterp e mais R$ 97
milhões aos minoritários.
O presidente da Telefônica, Fernando Xavier Ferreira, disse que a
aquisição da companhia será paga pelo braço da empresa espanhola que opera a telefonia fixa de
São Paulo -a antiga Telesp, privatizada no ano passado.
A Telefônica foi a única participante do leilão de ontem.
A Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) determinou
que a Telefônica terá de se desfazer da Ceterp Celular, que também foi adquirida no leilão de ontem, em até seis meses, para evitar
problemas legais.
Ferreira afirmou que a Portugal
Telecom, que opera a telefonia celular em São Paulo e possui participação da Telefônica, poderá
comprar a Ceterp Celular.
"Devemos investir R$ 430 milhões na aquisição completa da
Ceterp", disse Ferreira.
A venda da parte de celular é
obrigatória para cumprir a Lei de
Outorgas, definida no ano passado com a privatização das empresas telefônicas estaduais e da Embratel.
Segundo a legislação, uma mesma empresa não pode concentrar
a operação de telefonia celular e
fixa na mesma área.
O grupo Telefônica tem o controle da Telesp Participações, da
Tele Sudeste Celular Participações, da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações)
e participação na Tele Leste e Telesp Celular.
Ferreira afirmou que só após assumir a Ceterp, no próximo dia 3
de janeiro, se poderá definir se a
empresa irá incorporar o código
15, da operadora Telesp, ou se
permanecerá com o 16, que usa
hoje nas cidades da região de Ribeirão Preto.
"A tendência é que a empresa
seja incorporada aos poucos, já
que teremos o controle total", disse Ferreira.
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