São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Lula diz que Chico Mendes era visto como "baderneiro"

No rádio, presidente faz homenagem ao sindicalista nos 20 anos de seu assassinato

Segundo Lula, líder só foi reconhecido depois de sua morte; "o Chico defendia um jeito moderno do povo que mora na floresta sobreviver"


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a "grandeza" do trabalho de Chico Mendes só foi reconhecida depois de seu assassinato, que ontem completou 20 anos. Antes, afirmou ele, o líder seringueiro era visto como um "baderneiro". Lula prestou uma homenagem ontem a Mendes em seu programa semanal "Café com o Presidente".
Lula prestou uma homenagem ontem a Chico Mendes em seu programa semanal "Café com o Presidente".
"Chico Mendes passou a ser compreendido pela sociedade brasileira depois que ele ganhou um prêmio na ONU [Organização das Nações Unidas]. Porque, até então, era tratado aqui como se fosse uma figura baderneira, ou seja, um grevista que atrapalhava que os empresários derrubassem a floresta."
Mendes foi morto na porta de sua casa. Ele nasceu em Xapuri (AC), em 1944 e fundou o PT no Acre. Lula contou que foi amigo do seringueiro e que eles se conheceram em 1980. "Ele defendia não a floresta por defender a floresta. O Chico defendia era um jeito moderno do povo que mora na floresta sobreviver, explorando adequadamente as riquezas produzidas pela natureza. Quando ele foi assassinado é que o Brasil tomou consciência de que tinha uma liderança extremamente importante, anônima."
Neste mês, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovou pedido de anistia política de Chico Mendes.


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