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Lula diz que Chico Mendes era visto como "baderneiro"
No rádio, presidente faz homenagem ao sindicalista nos 20 anos de seu assassinato
Segundo Lula, líder só foi reconhecido depois de sua morte; "o Chico defendia um jeito moderno do povo que mora na floresta sobreviver"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a
"grandeza" do trabalho de Chico Mendes só foi reconhecida
depois de seu assassinato, que
ontem completou 20 anos. Antes, afirmou ele, o líder seringueiro era visto como um "baderneiro". Lula prestou uma
homenagem ontem a Mendes
em seu programa semanal "Café com o Presidente".
Lula prestou uma homenagem ontem a Chico Mendes em
seu programa semanal "Café
com o Presidente".
"Chico Mendes passou a ser
compreendido pela sociedade
brasileira depois que ele ganhou um prêmio na ONU [Organização das Nações Unidas].
Porque, até então, era tratado
aqui como se fosse uma figura
baderneira, ou seja, um grevista
que atrapalhava que os empresários derrubassem a floresta."
Mendes foi morto na porta
de sua casa. Ele nasceu em Xapuri (AC), em 1944 e fundou o
PT no Acre. Lula contou que foi
amigo do seringueiro e que eles
se conheceram em 1980. "Ele
defendia não a floresta por defender a floresta. O Chico defendia era um jeito moderno do
povo que mora na floresta sobreviver, explorando adequadamente as riquezas produzidas pela natureza. Quando ele
foi assassinado é que o Brasil
tomou consciência de que tinha uma liderança extremamente importante, anônima."
Neste mês, a Comissão de
Anistia do Ministério da Justiça aprovou pedido de anistia
política de Chico Mendes.
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