São Paulo, quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

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País "volta atrás" se oposição vencer, diz Dilma

No Rio, pré-candidata do PT defende continuidade do governo Lula depois de 2010 e fala em risco de haver retrocessos

Presente a inauguração, presidente Lula nega que declaração da ministra tenha tido tom eleitoral ou de campanha antecipada


Rafael Andrade/Folha Imagem
O presidente Lula na inauguração de conjunto habitacional no RJ

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência, disse ontem que vê a necessidade da continuidade do governo, sob risco de o país "voltar atrás". A declaração foi feita no Rio, em inauguração de conjunto habitacional.
"O nosso país está em um momento excepcional. Nós vamos ter a continuidade do governo do presidente Lula. Eu tenho certeza de que nenhum de nós vai deixar tudo o que nós conquistamos voltar atrás!", afirmou a ministra.
Lula negou que a afirmação da ministra tivesse tom de campanha. "É a sabedoria de alguém que sabe que o Brasil não tem retrocesso. O grande problema é que presidente, governador, prefeito começa uma obra em um ano e não tem a obra concluída. Tem de ter continuidade. Se pararem será um retrocesso, um atraso, foi o que ela quis dizer", afirmou.
Ao ouvir um questionamento de repórter sobre se a campanha já começou, o presidente brincou, citando o governador de São Paulo, José Serra, do partido rival, PSDB. "Não sou candidato. Você não sabe que termina o meu mandato em 31 de dezembro? Só espero que o Serra não esteja inaugurando obra com recurso federal sem me convidar também", disse.
Questionada se já tinha escolhido um pré-candidato a vice em sua chapa, Dilma desconversou. "Esse processo só pode acontecer quando eu for escolhida pré-candidata. Até lá são o presidente atual e o futuro do PT que devem falar", disse.
Ao citar obras nos complexos de Manguinhos e Alemão -parcerias entre os governos federal e estadual-, Lula voltou a defender a união entre as esferas de governo.
"Acabou o tempo em que o presidente, o governador e o prefeito brigavam entre si e as obras só aconteciam em área rica. (...) O Rio nunca teve a parceria entre governos que a gente tem agora. Se estivessem brigando não teríamos isso aqui."
O presidente defendeu que a "grã-finagem" visite a obra em Manguinhos. "É importante que a gente pegue gente da alta-roda, da grã-finagem do Rio para vir aqui ver o tratamento decente que os pobres estão recebendo", afirmou Lula.


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