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Vice diz que iria pedir licença do DEM, mas recua
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pressionado pela Executiva Nacional do DEM, o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, chegou
a comunicar a aliados que
pediria licença do cargo de
presidente regional do partido no DF, mas voltou atrás.
Ele marcou para hoje a
reunião do diretório regional
para decidir sobre a expulsão
do deputado Leonardo Prudente, presidente afastado
da Câmara Legislativa, que
foi filmado guardando pacotes de dinheiro do mensalão
do DEM nas meias.
Líderes do partido também querem que Paulo Octávio se licencie do comando
do DEM no DF. "Se ele é
mencionado nas denúncias,
demonstrará mais autoconfiança se pedir licença", disse
o líder do DEM no Senado,
José Agripino: "Mas não vamos brigar. O que queremos
é a expulsão de Prudente.
Caso contrário a Executiva
Nacional terá de intervir".
Por meio de nota, o vice
negou que vá se licenciar da
presidência do partido. Apesar de ter marcado a reunião
para decidir o caso de Prudente, ele não definiu a hora.
Membro do diretório, o
deputado federal Alberto
Fraga (DEM-DF) disse que
seria difícil realizar a reunião
hoje. "Parece que tem muita
gente fora da cidade", disse.
Apesar de dizer que votará
pela expulsão de Prudente,
Fraga ressaltou que é preciso
dar direito de defesa a ele.
Secretário de Transportes
do DF e aliado do governador
José Roberto Arruda (ex-DEM), Fraga afirmou que
não se "incomoda" com a
pressão da Executiva do partido: "Estou pouco me lixando para o que eles pensam".
Ele ainda fez uma ameaça:
"Deus proteja. Que não apareça nada contra aqueles que
foram mais contundentes
contra Arruda, porque a partir de agora vou votar sempre
pela expulsão" -citando
Agripino, o deputado Ronaldo Caiado (GO) e o senador
Demóstenes Torres (GO).
No começo da tarde de ontem, o secretário geral do
DEM-DF, Flávio Couri, disse
que a reunião aconteceria às
20h de hoje. O horário também foi confirmado pelo relator do caso de Prudente, o
ex-senador Lidemberg Cury.
O secretário-geral do
DEM-DF afirmou que "o
partido não deve agir sob
pressão". "Somos autônomos para tomar a decisão
que acharmos melhor", disse
Couri. "Se a Executiva não
gostar, pode tomar a medida
que achar melhor", afirmou.
O diretório regional do
PSB no DF decidiu expulsar
o deputado distrital Rogério
Ulysses, alvo de mandado de
busca e apreensão. A decisão
foi unânime. Ulysses nega
estar envolvido no esquema.
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