DA REDAÇÃO

Demissões por telefone como a de Cristovam Buarque não são novidade. Em 1967, o presidente Arthur da Costa e Silva demitiu o presidente do Banco Central Dênio Nogueira (1921-1997) com uma ligação.
Correm duas histórias sobre o caso. A primeira é a de que Costa e Silva gostaria que o cargo fosse ocupado por alguém mais afinado com o seu grupo político. Na outra, teria ficado irritado ao ver Nogueira na TV tentando acender um cachimbo enquanto defendia a política econômica do governo.
Em 1993, após apoiar um protesto de servidores grevistas em frente ao seu ministério, Luiza Erundina recebeu uma ligação do então presidente Itamar Franco comunicando seu afastamento da Secretaria de Administração Federal.
Waldeck Órnelas soube que já não ocupava o Ministério da Previdência Social ao receber um telefonema enquanto visitava obras na Bahia, em 2001.
Há variações: o sertanista Orlando Villas Bôas (1914-2002) foi afastado por fax da Funai (Fundação Nacional do Índio), em 2000. O ex-governador Anthony Garotinho (RJ) demitiu o coordenador de Segurança e Cidadania Luiz Eduardo Soares numa entrevista pela TV.


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