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"Eu sou baiano", afirma Alckmin
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governador de São Paulo e
pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse
ontem, em Recife, ser contra a legalização do aborto e favorável à
união civil entre pessoas do mesmo sexo. E, na tentativa de conquistar popularidade no Nordeste, disse ter origem nordestina e
que o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva "é de São Paulo".
"Quero deixar claro o seguinte:
a minha origem é nordestina", repetiu em várias entrevistas o governador, que nasceu em Pindamonhangaba (SP). "Quando a
minha família veio de Portugal,
da Espanha, ela veio para a Bahia,
para Carinhanha", afirmou. "Eu
nasci em São Paulo, mas minhas
raízes são nordestinas. Eu sou
baiano", disse Geraldo Alckmin à
rádio Folha FM, de Recife.
Desde sexta-feira visitando cidades do Nordeste, Alckmin
abordou temas polêmicos
-além de desferir ataques contra
o PT e o governo federal.
"Eu não vejo o aborto como solução", afirmou. "Nós já temos
previstos [na lei] casos de aborto
para estupro, risco de morte para
a mãe. (...) A solução é evitar a
gravidez indesejada."
Sobre a união civil de homossexuais, ele tem outra opinião. Disse
que, se o Congresso aprovar, "nenhum problema". "É um contrato, respeito as pessoas."
O governador também se disse
favorável às pesquisas com células-tronco, mas dentro de "padrões éticos". "Devemos avançar
na busca da ciência para promover a vida, para salvar pessoas, para que doentes que não têm cura
hoje possam ter perspectivas."
Questionado também sobre a
legalização do uso da maconha,
Alckmin afirmou que "droga é
dependência química" e que os
usuários precisam de tratamento
médico para se recuperar.
O pré-candidato tucano aproveitou a chance para atacar o governo federal. "Sou crítico da área
de segurança do governo federal
por falta de polícia de fronteira."
Alckmin disse que, se eleito presidente, terá como tarefa "construir um grande projeto de desenvolvimento, dando ênfase ao desenvolvimento regional". A água,
afirmou, "é questão central". Ele
considera a transposição do São
Francisco "um bom projeto", mas
critica a falta de "clareza maior".
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