São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

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Mesmo com votação secreta, 3ª via quer tornar escolha pública

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diante da impossibilidade jurídica de tornar a eleição para presidente da Câmara uma sessão de voto aberto, deputados do chamado "Grupo dos 30" anunciaram que vão declarar que votaram em Gustavo Fruet (PSDB-PR) após acionar o sistema eletrônico.
De todo modo, a intenção será de difícil aferição, já que os deputados votarão em cabines fechadas. "Estou predisposto a fazer e tenho certeza que um grupo também o fará", disse Raul Jungmann (PPS-PE).
A idéia, segundo Fernando Gabeira (PV-RJ), chegou a ser discutida preliminarmente com alguns líderes de partidos, mas não avançou. "Houve algum tipo de conversa, mas o voto aberto ainda depende de aprovação nos plenários do Senado e da Câmara", disse. Gabeira defende que o voto aberto seja o primeiro item da pauta de votação da nova legislatura.
Para o deputado Chico Alencar (RJ), líder do PSOL, os deputados devem anunciar seus votos, mesmo com restrições regimentais. "Na vida jurídica dos povos, a legislação é superada na prática antes de ser feita no papel." Segundo ele, os três integrantes da bancada do partido vão declarar seus votos.
"Estamos desafiando partidos e candidatos para que façam um acordo para a votação ser aberta. Mas é uma proposta que não passa pelo menos pelas candidaturas do Aldo [Rebelo] e do Arlindo [Chinaglia], porque eles contam com as traições [nas bancadas]", disse.
Os três candidatos à presidência da Câmara já disseram ser favoráveis ao voto aberto para a eleição da Mesa. No entanto, não há amparo legal.
A Câmara aprovou, no ano passado, o fim do voto secreto, mas a emenda constitucional ainda precisa ser votada em segundo turno e depois enviada ao Senado.


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