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Mesmo com votação secreta, 3ª via quer tornar escolha pública
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante da impossibilidade
jurídica de tornar a eleição para
presidente da Câmara uma sessão de voto aberto, deputados
do chamado "Grupo dos 30"
anunciaram que vão declarar
que votaram em Gustavo Fruet
(PSDB-PR) após acionar o sistema eletrônico.
De todo modo, a intenção será de difícil aferição, já que os
deputados votarão em cabines
fechadas. "Estou predisposto a
fazer e tenho certeza que um
grupo também o fará", disse
Raul Jungmann (PPS-PE).
A idéia, segundo Fernando
Gabeira (PV-RJ), chegou a ser
discutida preliminarmente
com alguns líderes de partidos,
mas não avançou. "Houve algum tipo de conversa, mas o voto aberto ainda depende de
aprovação nos plenários do Senado e da Câmara", disse. Gabeira defende que o voto aberto
seja o primeiro item da pauta
de votação da nova legislatura.
Para o deputado Chico Alencar (RJ), líder do PSOL, os deputados devem anunciar seus
votos, mesmo com restrições
regimentais. "Na vida jurídica
dos povos, a legislação é superada na prática antes de ser feita no papel." Segundo ele, os
três integrantes da bancada do
partido vão declarar seus votos.
"Estamos desafiando partidos e candidatos para que façam um acordo para a votação
ser aberta. Mas é uma proposta
que não passa pelo menos pelas
candidaturas do Aldo [Rebelo]
e do Arlindo [Chinaglia], porque eles contam com as traições [nas bancadas]", disse.
Os três candidatos à presidência da Câmara já disseram
ser favoráveis ao voto aberto
para a eleição da Mesa. No entanto, não há amparo legal.
A Câmara aprovou, no ano
passado, o fim do voto secreto,
mas a emenda constitucional
ainda precisa ser votada em segundo turno e depois enviada
ao Senado.
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