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CAMPO MINADO
Em encontro, MST promete ampliar invasões
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SARANDI (RS)
A principal decisão tomada no encontro nacional do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais
Sem-Terra) é a promessa
de intensificar as invasões
em 2009. A estratégia é
aumentar a pressão para o
governo federal assentar
os sem-terra.
"Os fazendeiros que se
cuidem porque nós vamos
massificar a luta pela reforma agrária em 2009",
disse ontem Marina dos
Santos, da direção nacional do MST, no final do encontro, em Sarandi, no Rio
Grande do Sul.
O fato de não haver eleição em 2009 e a crise financeira global, que descapitalizou companhias
de agronegócio, são considerados favoráveis para o
aumento de ações dos
sem-terra em todo o país.
"Este ano não tem justificativa de que não se pode
fazer isso ou aquilo porque
tem campanha. Este ano
tem que destravar a reforma agrária", disse Santos.
O MST pretende pautar
suas ações políticas no
confronto com corporações de agronegócio. O
movimento vê nas invasões uma "disputa de território" com empresas de
setores como celulose e de
usinas de álcool, de acordo
com o também dirigente
Cedenir de Oliveira. Segundo o MST, a expansão
de áreas para o plantio de
eucalipto e cana de açúcar
concorre com a criação de
novos assentamentos.
Os líderes do MST também criticaram o presidente Lula. "Nós nunca falamos que o Lula é ou não
é nosso amigo. A nossa
avaliação é que, no governo dele, não houve reforma agrária, como havia
uma expectativa inicialmente", criticou Marina.
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