São Paulo, sábado, 24 de janeiro de 2009

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CAMPO MINADO

Em encontro, MST promete ampliar invasões

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SARANDI (RS)

A principal decisão tomada no encontro nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) é a promessa de intensificar as invasões em 2009. A estratégia é aumentar a pressão para o governo federal assentar os sem-terra.
"Os fazendeiros que se cuidem porque nós vamos massificar a luta pela reforma agrária em 2009", disse ontem Marina dos Santos, da direção nacional do MST, no final do encontro, em Sarandi, no Rio Grande do Sul.
O fato de não haver eleição em 2009 e a crise financeira global, que descapitalizou companhias de agronegócio, são considerados favoráveis para o aumento de ações dos sem-terra em todo o país.
"Este ano não tem justificativa de que não se pode fazer isso ou aquilo porque tem campanha. Este ano tem que destravar a reforma agrária", disse Santos.
O MST pretende pautar suas ações políticas no confronto com corporações de agronegócio. O movimento vê nas invasões uma "disputa de território" com empresas de setores como celulose e de usinas de álcool, de acordo com o também dirigente Cedenir de Oliveira. Segundo o MST, a expansão de áreas para o plantio de eucalipto e cana de açúcar concorre com a criação de novos assentamentos.
Os líderes do MST também criticaram o presidente Lula. "Nós nunca falamos que o Lula é ou não é nosso amigo. A nossa avaliação é que, no governo dele, não houve reforma agrária, como havia uma expectativa inicialmente", criticou Marina.


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