São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

No lugar de Lula, Suplicy atinge 8% e fica em 5º

DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Eduardo Suplicy atinge 8% das intenções de voto, se colocado como candidato do PT à Presidência, no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva -que tem 26% no principal cenário do Datafolha. Ficaria à frente apenas de Enéas Carneiro (Prona), com 4%. Roseana Sarney (PFL) seria a maior beneficiada com a retirada de Lula, crescendo três pontos percentuais (29%).
Os demais candidatos oscilariam positivamente um ponto, com Anthony Garotinho (PSB) atingindo 16%; José Serra (PSDB), 14%; e Ciro Gomes (PPS), 12%.
Se o peemedebista Itamar Franco for incluído na disputa, Suplicy fica com 7%, e o governador mineiro, 8%. Nesse caso, Roseana aparece com 26%; Garotinho, 15%; e Serra e Ciro, 13%.
A consulta aos cerca de 800 mil militantes petistas, marcada anteriormente para 3 de março, acontecerá no dia 17 -mesma data inicialmente prevista para as prévias do PMDB, que podem não ocorrer por divergências internas no partido. A disputa petista foi adiada em razão da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrida em 21 de janeiro.
Lula e Suplicy são os dois inscritos. O primeiro teve o apoio de 82% dos integrantes da Executiva Nacional do partido, quando formalizado candidato. O segundo não tem a seu favor nenhum parlamentar ou governador do partido. Os petistas esperam que Lula obtenha de 80% a 90% dos votos.
O lançamento de Suplicy causou descontentamento interno. Foi visto como uma possibilidade de fragilização da candidatura de Lula. O senador tem feito campanha por todo o país, mas não conseguiu um dos seus principais pleitos, a realização de debates entre ele e Lula -nas redes de televisão e em eventos partidários.
Suplicy decidiu tentar ser candidato a presidente quando, em uma reunião em 2000, o próprio Lula estimulou que ele, o ex-governador Cristovam Buarque e os deputados federais Aloizio Mercadante e José Genoino tentassem se viabilizar eleitoralmente.
À exceção de Suplicy, todos desistiram. À época da reunião, Lula enfrentava críticas de que sua força eleitoral não era suficiente para a vitória, mas impedia o surgimento de novos nomes no partido. Em resposta, convocou a reunião para estimular o surgimento de uma alternativa petista.


Texto Anterior: Pefelista amplia sua liderança no 2º turno
Próximo Texto: FHC tem melhor avaliação do 2º mandato
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.