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No lugar de Lula, Suplicy atinge 8% e fica em 5º
DA REPORTAGEM LOCAL
O senador Eduardo Suplicy
atinge 8% das intenções de voto,
se colocado como candidato do
PT à Presidência, no lugar de Luiz
Inácio Lula da Silva -que tem
26% no principal cenário do Datafolha. Ficaria à frente apenas de
Enéas Carneiro (Prona), com 4%.
Roseana Sarney (PFL) seria a
maior beneficiada com a retirada
de Lula, crescendo três pontos
percentuais (29%).
Os demais candidatos oscilariam positivamente um ponto,
com Anthony Garotinho (PSB)
atingindo 16%; José Serra (PSDB),
14%; e Ciro Gomes (PPS), 12%.
Se o peemedebista Itamar Franco for incluído na disputa, Suplicy
fica com 7%, e o governador mineiro, 8%. Nesse caso, Roseana
aparece com 26%; Garotinho,
15%; e Serra e Ciro, 13%.
A consulta aos cerca de 800 mil
militantes petistas, marcada anteriormente para 3 de março, acontecerá no dia 17 -mesma data
inicialmente prevista para as prévias do PMDB, que podem não
ocorrer por divergências internas
no partido. A disputa petista foi
adiada em razão da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrida em 21 de janeiro.
Lula e Suplicy são os dois inscritos. O primeiro teve o apoio de
82% dos integrantes da Executiva
Nacional do partido, quando formalizado candidato. O segundo
não tem a seu favor nenhum parlamentar ou governador do partido. Os petistas esperam que Lula
obtenha de 80% a 90% dos votos.
O lançamento de Suplicy causou descontentamento interno.
Foi visto como uma possibilidade
de fragilização da candidatura de
Lula. O senador tem feito campanha por todo o país, mas não conseguiu um dos seus principais
pleitos, a realização de debates entre ele e Lula -nas redes de televisão e em eventos partidários.
Suplicy decidiu tentar ser candidato a presidente quando, em
uma reunião em 2000, o próprio
Lula estimulou que ele, o ex-governador Cristovam Buarque e os
deputados federais Aloizio Mercadante e José Genoino tentassem
se viabilizar eleitoralmente.
À exceção de Suplicy, todos desistiram. À época da reunião, Lula
enfrentava críticas de que sua força eleitoral não era suficiente para
a vitória, mas impedia o surgimento de novos nomes no partido. Em resposta, convocou a reunião para estimular o surgimento
de uma alternativa petista.
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