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OUTRO LADO
"Já erradicamos a pólio, a varíola e estamos há um ano sem sarampo"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O coordenador do Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa,
disse que o trabalho inadequado
de vigilância permanente de alguns Estados e municípios prejudica o combate às doenças.
Barbosa deu duas entrevistas à
Agência Folha. Segundo ele, no
caso das doenças que têm solução
própria, como as vacinas, "estamos dando de goleada": ""Já erradicamos a pólio, a varíola e estamos há um ano sem sarampo".
Quanto às doenças que não têm
resposta do setor público, ele listou a dengue como prioridade. "À
dengue, que é um problema gravíssimo hoje, nós não temos respostas dentro do setor de saúde".
Barbosa afirmou que o governo
não tem uma arma eficaz para
controlar a dengue. "Não temos
uma arma complemente eficaz
contra a doença nem contra o
mosquito. Tem que ser um trabalho permanente para a gente
mantê-la controlada. Erradicação
da dengue, ninguém no mundo
hoje acha possível a curto prazo".
Barbosa disse que a malária está
sob controle: "Tivemos nos últimos dois anos a maior redução já
experimentada em toda a história
recente do Brasil". Disse que a toxoplasmose está em redução: "O
surto de toxoplasmose é algo acidental. Cinco anos atrás teve um
surto no Canadá. É uma doença
tão disseminada que, na França,
70% das pessoas já tiveram".
A maioria das doenças transmissíveis está diminuindo. "Cito
o cólera, reintroduzido no começo dos anos 90 com mais 60 mil
casos por ano, que estamos em
vias de eliminação. O sarampo está em vias de erradicação", disse.
Quanto à leishmaniose visceral,
Barbosa diz que ela está relacionada ao desmatamento, ao crescimento das cidades e à migração.
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