São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 2007

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Frade pode virar santo Antônio de Sant'Anna Galvão

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão. Esse pode passar a ser o nome de frei Galvão, o primeiro santo brasileiro.
A previsão é da historiadora Thereza Maia, 71, que há 35 anos pesquisa a vida e a obra do religioso. No entanto, diz Maia, os fiéis deverão identificá-lo mesmo como são frei Galvão.
O nome de batismo do franciscano, nascido em 1739, é Antônio Galvão de França. Ao ser ordenado frade, em 1762, adotou o sobrenome Sant'Anna devido à devoção à mãe de Nossa Senhora.
"Mas ele sempre foi conhecido como frei Galvão. Por isso acredito que ele será chamado agora pelos fiéis de são frei Galvão", afirma Maia.
Ela mantém em Guaratinguetá, desde 1972, um museu com relíquias do frade, que funciona na casa em que ele nasceu. Maia conta que decidiu homenagear o religioso por causa de suas obras na área cultural, principalmente na arquitetura e na poesia.
"Naquela época não se pensava nem mesmo na beatificação de frei Galvão. O que existia era apenas o culto doméstico a ele, devido às histórias de cura relacionadas às pílulas e à fama de protetor das mulheres grávidas."
O bispo de Aparecida, d. Raymundo Damasceno Assis, agradeceu a Deus pela notícia da canonização de frei Galvão e convocou os católicos a se inspirarem em seu exemplo.
"Fazemos votos de que este acontecimento venha a despertar a consciência de que todos nós somos chamados a ser santos, que a grande vocação nossa é a santidade. E a santidade consiste não em fazer coisas extraordinárias, mas em procurar viver o Evangelho no cotidiano da nossa vida", afirmou.


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