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Frade pode virar santo Antônio de Sant'Anna Galvão
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão. Esse pode passar a ser o nome de frei
Galvão, o primeiro santo
brasileiro.
A previsão é da historiadora Thereza Maia, 71, que
há 35 anos pesquisa a vida
e a obra do religioso. No
entanto, diz Maia, os fiéis
deverão identificá-lo mesmo como são frei Galvão.
O nome de batismo do
franciscano, nascido em
1739, é Antônio Galvão de
França. Ao ser ordenado
frade, em 1762, adotou o
sobrenome Sant'Anna devido à devoção à mãe de
Nossa Senhora.
"Mas ele sempre foi conhecido como frei Galvão.
Por isso acredito que ele
será chamado agora pelos
fiéis de são frei Galvão",
afirma Maia.
Ela mantém em Guaratinguetá, desde 1972, um
museu com relíquias do
frade, que funciona na casa em que ele nasceu. Maia
conta que decidiu homenagear o religioso por causa de suas obras na área
cultural, principalmente
na arquitetura e na poesia.
"Naquela época não se
pensava nem mesmo na
beatificação de frei Galvão. O que existia era apenas o culto doméstico a
ele, devido às histórias de
cura relacionadas às pílulas e à fama de protetor das
mulheres grávidas."
O bispo de Aparecida, d.
Raymundo Damasceno
Assis, agradeceu a Deus
pela notícia da canonização de frei Galvão e convocou os católicos a se inspirarem em seu exemplo.
"Fazemos votos de que
este acontecimento venha
a despertar a consciência
de que todos nós somos
chamados a ser santos,
que a grande vocação nossa é a santidade. E a santidade consiste não em fazer
coisas extraordinárias,
mas em procurar viver o
Evangelho no cotidiano da
nossa vida", afirmou.
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