São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2008

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Grupo alemão reclama de acordo a Lula

DA COLUNISTA DA FOLHA

O grupo alemão ThyssenKrupp enviou carta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira passada, reclamando o cumprimento de um acordo pelo qual a empresa reformaria cinco submarinos convencionais (diesel-elétricos) e venderia dois novos para a Marinha brasileira, dando em troca a construção de uma siderúrgica em Sepetiba (RJ).
A siderúrgica, investimento de 3,5 bilhões de euros (cerca de US$ 5,20 bilhões), está quase pronta e deverá ser visitada por Lula ainda neste mês, mas o pacote de submarinos empacou. A empresa alemã diz que cumpriu sua parte, mas o Brasil, não. E reclama que soube pela imprensa do interesse brasileiros pelos submarinos Scorpene, da França.
A carta, à qual a Folha teve acesso, foi assinada por Walter Freitag, do Comitê Executivo do ThyssenKrupp. Diz que o fornecimento de submarinos de última geração da classe 214 para a Marinha "tem ligação natural" com o investimento na nova Companhia Siderúrgica do Atlântico. Ou seja: é uma contrapartida.
A carta é uma resposta ao ministro Nelson Jobim (Defesa) que dá preferência à proposta da França alegando que os franceses aceitam transferir tecnologia.


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