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Ciro dirá a aliados que só disputa Planalto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pressionado pelo Palácio do
Planalto a abandonar a corrida
presidencial, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou que comunicará hoje oficialmente a dirigentes de nove
partidos em São Paulo que será
candidato à Presidência.
Questionado se a reunião poderia resultar numa resposta final, o deputado respondeu: "A
de sempre: sou candidato a presidente da República".
A reunião, realizada na sede
do PSB em Brasília, foi marcada
a pedido dos dirigentes partidários paulistas. No cenário sem
Ciro em São Paulo, o PSB e outros partidos podem lançar
candidaturas próprias.
Ciro transferiu o seu domicílio eleitoral para São Paulo a
pedido do presidente Lula, que
quer vê-lo como o candidato de
sua base ao governo.
A pressão do Planalto pela
candidatura de Ciro ao governo
de São Paulo tem como objetivo declarado a tentativa de unir
a base lulista no Estado e permitir, no cenário nacional, uma
disputa plebiscitária entre Dilma Rousseff (PT) e o governador José Serra (PSDB).
Mas é certo que uma desistência nacional de Ciro levaria
já no primeiro turno para a petista o apoio da totalidade de
palanques estaduais importantes do PSB, como o Ceará e Pernambuco, onde governadores
do partido disputam a eleição.
Ciro afirmou que ainda não
foi chamado por Lula para discutir o assunto e afirmou que o
partido não fez pesquisas sobre
os resultados do programa partidário de rádio e TV, veiculado
na quinta e que trouxe Ciro como principal estrela.
O presidente do PT paulista,
Edinho Silva, disse que partido
irá insistir que as condições para que Ciro dispute em São
Paulo são "excelentes", com
uma aliança que pode abranger
11 partidos. "Nenhum candidato do PT ao governo teve condições tão boas", afirma Silva.
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