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OUTRO LADO
"Eu digo para não colocarem as faixas"
do enviado especial
a Cascavel e Toledo
O presidente da Telepar, Álvaro Dias, disse que não sabia
quem havia colocado faixas nas
solenidades. "Não sei quem fez
isso. Quando me perguntam sobre faixas, digo para não colocarem", afirmou.
Informado de que as faixas foram colocadas por funcionários
da Telepar, disse: "Então, foram
os funcionários. O pessoal coloca mesmo. Em Cascavel também colocaram faixas agradecendo pelos dez anos de fundação da Unioeste".
Dias afirmou que os outdoors
em Foz do Iguaçu foram colocados pelo deputado Sérgio Spada.
Sobre o gasto com publicidade, afirmou que é pequeno em
comparação com as despesas do
governo do Estado. "Eles gastaram R$ 105 milhões em 96 e R$
120 milhões em 97. É o governo
virtual. Quando desligam a televisão, ele acaba."
Segundo Dias, a Telepar não
gasta muito com suas viagens.
Ele disse procurar usar vôos comerciais. Quando não consegue
passagem, pede emprestado um
avião a um amigo de Maringá.
Afirmou que não utiliza as entrevistas transmitidas para
emissoras de rádio para fazer
política. "Jamais falei de qualquer assunto estranho à Telepar.
O programa de utilidade pública
só apresenta serviços e orientação ao consumidor."
Dias afirmou que é criticado
pelos aliados de Jaime Lerner
porque a Telepar apresenta superávit e consegue realizar
obras, enquanto o governo estadual apresentou déficit de R$
900 milhões em 97.
Ele nega que tenha procurado
uma aliança com Lerner. "Sou
candidato ao governo e espero o
apoio do presidente Fernando
Henrique. Se não for possível ele
apoiar o candidato do partido,
será melhor que não participe da
campanha. Não é uma boa lição
servir a dois senhores."
em
Governo
O secretário estadual do Planejamento, Miguel Salomão,
contestou os dados de Dias sobre o déficit do governo Lerner.
"O déficit de R$ 900 milhões
consta do balancete contábil.
Não corresponde à execução do
caixa do Estado."
Salomão disse que esses dados
incluem, na parte de despesas,
empenhos feitos para o ano seguinte. Na parte de receita, por
outro lado, não estaria incluído
o saldo de caixa do ano anterior.
"Não tivemos déficit."
Ele confirmou que o gasto
com publicidade em 96 foi de R$
105 milhões, mas fez uma ressalva: "A publicidade para anunciar a ação do governo custou
R$ 27 milhões. O resto foi gasto
pela administração indireta, as
sociedades de economia mista".
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