São Paulo, terça, 24 de fevereiro de 1998

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OUTRO LADO
"Eu digo para não colocarem as faixas"


do enviado especial a Cascavel e Toledo

O presidente da Telepar, Álvaro Dias, disse que não sabia quem havia colocado faixas nas solenidades. "Não sei quem fez isso. Quando me perguntam sobre faixas, digo para não colocarem", afirmou.
Informado de que as faixas foram colocadas por funcionários da Telepar, disse: "Então, foram os funcionários. O pessoal coloca mesmo. Em Cascavel também colocaram faixas agradecendo pelos dez anos de fundação da Unioeste".
Dias afirmou que os outdoors em Foz do Iguaçu foram colocados pelo deputado Sérgio Spada.
Sobre o gasto com publicidade, afirmou que é pequeno em comparação com as despesas do governo do Estado. "Eles gastaram R$ 105 milhões em 96 e R$ 120 milhões em 97. É o governo virtual. Quando desligam a televisão, ele acaba."
Segundo Dias, a Telepar não gasta muito com suas viagens. Ele disse procurar usar vôos comerciais. Quando não consegue passagem, pede emprestado um avião a um amigo de Maringá.
Afirmou que não utiliza as entrevistas transmitidas para emissoras de rádio para fazer política. "Jamais falei de qualquer assunto estranho à Telepar. O programa de utilidade pública só apresenta serviços e orientação ao consumidor."
Dias afirmou que é criticado pelos aliados de Jaime Lerner porque a Telepar apresenta superávit e consegue realizar obras, enquanto o governo estadual apresentou déficit de R$ 900 milhões em 97.
Ele nega que tenha procurado uma aliança com Lerner. "Sou candidato ao governo e espero o apoio do presidente Fernando Henrique. Se não for possível ele apoiar o candidato do partido, será melhor que não participe da campanha. Não é uma boa lição servir a dois senhores."
em Governo
O secretário estadual do Planejamento, Miguel Salomão, contestou os dados de Dias sobre o déficit do governo Lerner. "O déficit de R$ 900 milhões consta do balancete contábil. Não corresponde à execução do caixa do Estado."
Salomão disse que esses dados incluem, na parte de despesas, empenhos feitos para o ano seguinte. Na parte de receita, por outro lado, não estaria incluído o saldo de caixa do ano anterior. "Não tivemos déficit."
Ele confirmou que o gasto com publicidade em 96 foi de R$ 105 milhões, mas fez uma ressalva: "A publicidade para anunciar a ação do governo custou R$ 27 milhões. O resto foi gasto pela administração indireta, as sociedades de economia mista".



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