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AGRIPINO MAIA
"Candidatura própria é o melhor caminho"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador e ex-governador do
Rio Grande do Norte, o pefelista
José Agripino Maia, 56, diz que a
pré-candidata à Presidência da
República do partido, Roseana
Sarney, governadora do Maranhão, é "juiz do tempo" da sua
própria candidatura, e define com
prudência o rompimento com o
governo Fernando Henrique Cardoso: "O PFL é um partido, hoje,
desalinhado do governo. Desalinhado não significa dizer em oposição permanente".
Folha - Até onde e quando o PFL
deve apoiar Roseana?
Agripino Maia - O juiz do tempo
é ela própria. Mantemos nossa
confiança nela.
Folha - Se ela desistir, o que seria,
em tese, melhor para o partido: outra candidatura própria, ficar sem
candidato ou fazer aliança com um
candidato já colocado?
Agripino - Se ela vier a desistir, o
partido já decidiu: insistir numa
outra candidatura própria, porque é o melhor caminho para
manter o PFL unido. Mas, repito,
se ela vier a desistir.
Folha - E quem é o melhor nome
para substituí-la?
Agripino - Isso é apenas uma hipótese.
Folha - Entre Lula, Serra, Ciro e
Garotinho, qual a melhor opção para o PFL?
Agripino - Roseana.
Folha - Qual deve ser a relação do
partido com o governo depois de
tantos anos de aliança?
Agripino - O PFL é um partido,
hoje, desalinhado do governo.
Desalinhado não significa dizer
em oposição permanente. Pode
apoiar algumas propostas; outras,
não. As matérias que ferirem a
formulação programática do partido, sejam medidas provisórias,
projetos de lei ou emendas constitucionais, serão debatidas pelas
bancadas da Câmara e do Senado.
Se tomada uma decisão seguramente contrária, a Executiva irá
fechar questão contra.
Folha - E os cargos? O partido vai
devolver todos os cargos federais
que ainda tem nos Estados?
Agripino - A decisão do partido
foi tomada consultando cada governador, cada parlamentar, cada
prefeito de capital. Se foi assim,
com a participação ampla dos
segmentos partidários, está claro:
todos devem deixar os cargos.
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