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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Sem confronto
A despeito da indefinição na aliança tucano-democrata e da ausência de um marqueteiro, Geraldo Alckmin vai aos poucos moldando um discurso de campanha, um grande desafio para o ex-governador, que,
pelo menos de início, não poderá atacar a administração Gilberto Kassab (DEM). Planeja reconhecer acertos da gestão democrata, que tem o PSDB como parceiro, mas dirá que fará ""mais e melhor" pela cidade.
Seu mote será ""um governador na prefeitura", o que
o ajudará a propagandear sua passagem pelo Bandeirantes (2001-2006). Dirá que, com sua experiência,
poderá liderar a integração da região metropolitana
na busca de soluções para os principais problemas.
Afago. O PT se reúne nesta
semana com o PR na capital
paulista. O objetivo é acalmar
os ânimos do presidente da
Câmara Municipal, Antonio
Carlos Rodrigues, enciumado
com o namoro entre a turma
de Marta Suplicy e o PMDB.
Continuísmo. O PMDB
paulistano começou a ouvir
seus delegados sobre as perspectivas para a eleição municipal: é grande a ala, capitaneada pelos vereadores, que
pede uma aliança com o DEM
do prefeito Gilberto Kassab.
Outra história. Enquanto
negocia com mais chances
com o PT na capital, o PMDB
está próximo de ter os tucanos como aliados em Santos,
em torno da reeleição de João
Paulo Papa. A ala do PT que se
entende bem com o prefeito
peemedebista é minoritária.
Bloco na rua. Nem bem
venceu as prévias do PT em
Porto Alegre, a deputada Maria do Rosário já negocia com
Augusto Fonseca, egresso das
campanhas de Marta Suplicy
em São Paulo, para ser seu
marqueteiro na corrida pela
prefeitura da capital.
Em vão. De nada têm
adiantado apelos do próprio
Lula e de outros grão-petistas,
como José Dirceu, que recentemente visitou Belém: o PT
local hesita em apoiar o peemedebista José Priante para a
prefeitura. O partido trabalha
para lançar Márcio Cardoso,
ex-secretário de Educação da
governadora Ana Júlia.
Tapete puxado. O PSDB
bombardeia nos bastidores o
vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), o mais cotado para integrar a chapa de
Beto Richa à reeleição. Dizem
que, se Richa renunciar em
2010 para disputar o governo,
o vice faria da prefeitura palanque de Ciro Gomes (PSB) e
de Osmar Dias (PDT).
Barricadas 1. O PT paulista, que já se reuniu com Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete da Presidência, quer
ser recebido por Lula e Dilma
Rousseff (Casa Civil) para
tentar barrar a venda da Cesp.
Barricadas 2. A queixa é
que a venda da energética
paulista servirá para José Serra (PSDB) turbinar obras que
serão vitrines de sua pré-campanha em 2009 e 2010.
Professor Pardal. Cotado
para relatar a reforma tributária, o deputado e empresário Sandro Mabel (PR-GO)
dedica suas horas vagas a
construir uma máquina que,
segundo ele, produz energia
sem utilizar combustível e
sem custos. "Será uma revolução", empolga-se.
Fase 2. Concluídos os depoimentos dos réus, o processo do mensalão entra agora na
etapa de oitivas das testemunhas de acusação, que deverá
se prolongar por vários meses. Mais uma vez, as audiências ocorrerão em vários Estados, e cada um poderá ser inquirido pelos advogados de
todos os demais acusados.
Cavalo de Tróia. Em sua
cruzada contra as medidas
provisórias, o DEM escolheu
como exemplo do abuso a MP
405, que, sob a justificativa de
conceder créditos suplementares à Justiça Eleitoral, destina apenas R$ 7,5 milhões a
esse fim e R$ 5,4 bilhões para
diversos órgãos do Executivo.
Tiroteio
"Não há problema nenhum em abrir tudo. Não
entendo por que a oposição se agita tanto com
falsos dossiês exatamente para impedir uma
investigação sobre as contas do período FHC."
Do deputado CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre o desafio lançado pelo
deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) para abrir todos os gastos de Lula,
FHC e familiares de cada um com as chamadas contas "tipo B".
Contraponto
Choque de gerações
O ministro Paulo Bernardo (PT) esteve em Ribeirão
Preto, há uma semana, a convite da associação dos engenheiros. Finda a palestra, o titular do Planejamento, que
cresceu no município paulista e até hoje retorna para visitar parte da família, trocou gentilezas com o prefeito Welson Gasparini (PSDB). Lembrou que ambos foram deputados federais na mesma legislatura. O tucano emendou:
-Vai ver você até votou em mim para prefeito...
Bernardo, que tinha 11 anos quando da primeira eleição
de Gasparini, em 1963, respondeu bem-humorado:
-Não gostaria de parecer indelicado, mas naquela época eu era jovem demais para votar...
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