DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou reunião hoje às 17h com os integrantes do conselho político de sua coalizão (presidentes de partidos e líderes no Congresso) para debater uma estratégia que evite mudanças radicais nas regras das MPs (medidas provisórias).
Segundo a Folha apurou, Lula deverá dizer que aceita modificações desde que não afetem a sua governabilidade. A proposta que conta com maior simpatia entre seus aliados é a que estabelece uma espécie de trancamento disfarçado da pauta.
Hoje a MP começa a tramitar pela Câmara. Se não for votada em 45 dias, tranca a pauta da Casa a partir do dia seguinte. É o que está acontecendo agora -a pauta está parada desde 11 de fevereiro.
Uma proposta em discussão é reduzir o prazo de 45 para 10 dias, mas criando um trancamento disfarçado. Ou seja, a MP passa a ser o primeiro ponto da pauta, mas pode ceder lugar a outra matéria desde que seja aprovado um requerimento de maioria absoluta (257 votos na Câmara). No Senado, seriam 41 votos.
Aliados do governo dizem que a proposta equivale a um trancamento, dada a dificuldade de ser obtido sem consenso da base de apoio do governo ou sem aliança de parte dessa base com a oposição.
A intenção de Lula é organizar a sua tropa de apoio no Congresso hoje para tentar fechar um acordo amanhã com a oposição.


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