DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério do Desenvolvimento Social diz que o direcionamento das verbas do Bolsa Família não obedece a critérios políticos. "Os recursos são repassados diretamente às famílias que possuem um cartão magnético. Ou seja, não passam por prefeituras nem por Estados, são [direto] do governo federal para o beneficiário", afirma a assessoria de imprensa da pasta.
No entanto, segundo a assessoria, a diferença no incremento dos valores ocorre porque algumas prefeituras são mais ágeis do que outras na realização dos cadastros, já que as administrações municipais são responsáveis por essa parte do programa.
"É impossível que ele [o programa] atenda a critérios partidários. Esta, aliás, é uma tônica do ministério: programas que beneficiam os pobres, com critérios, leis e caráter absolutamente suprapartidários porque todos os municípios são atendidos", diz a assessoria.
O ministério afirma que os valores utilizados pela Folha, com base no Portal da Transparência, estão acima dos valores reais dos repasses, pois incluem o custeio do programa. A pasta não forneceu os números, conforme solicitado pela reportagem.
A assessoria alega ainda que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) norteia as ações da pasta, apesar de cidades como Guarulhos e Osasco, que estão entre as que mais receberam verbas nos últimos anos, estarem entre as mais bem posicionadas nesse quesito.
"O critério para distribuição do benefício é onde tem população pobre", afirma a assessoria.


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