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Ato pró-Alckmin abre nova queda-de-braço no PSDB
Apoiadores do ex-governador planejam um manifesto pela candidatura própria
Grupo que defende aliança
com Kassab avalia que ato
atrapalha diálogo com DEM
e deve favorecer estratégia
da ministra Marta Suplicy
Raimundo Paccó/Folha Imagem
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D. Odilo Scherer e Gilberto Kassab em missa na catedral da Sé |
DA REPORTAGEM LOCAL
O PSDB paulistano deverá viver nesta semana um dos momentos mais intensos da queda-de-braço entre os favoráveis
à candidatura de Geraldo Alckmin a prefeito de São Paulo e o
grupo que defende o apoio à
reeleição do democrata Gilberto Kassab.
O clima nos bastidores é tão
tenso que um ato programado
para quinta-feira à noite deverá
se chamar "Tucanos Pró-São
Paulo e Pela Paz na Política".
Hoje, os tucanos favoráveis a
Alckmin iniciam a coleta de assinaturas pela candidatura própria nos 52 diretórios zonais da
capital com objetivo de apresentá-las durante o evento.
O ex-governador, em conversas recentes, avaliou que, no limite, aceitaria as prévias como
forma de definir a situação. Antes, no entanto, quer "ouvir as
bases do partido na capital".
Reservadamente, o grupo
pró-Kassab afirma que "utilizará seu peso político" para tentar evitar que o ato se transforme no lançamento da pré-candidatura de Alckmin pelas bases do partido. Eles alegam que
um gesto dessa natureza "dinamitaria todas as pontes de diálogo" com o DEM e anteciparia
a eleição, favorecendo a ministra Marta Suplicy (Turismo),
nome mais forte do PT.
Na administração municipal
de São Paulo desde 2005, quando o hoje governador José Serra, de quem Kassab era vice, assumiu, os tucanos controlam
cerca de 300 cargos de confiança entre primeiro e segundo escalões, boa parte deles ligada às
subprefeituras da capital.
Outra frente na qual Alckmin
está em desvantagem é a atual
bancada de vereadores, que, na
semana passada, divulgou carta
em apoio à manutenção da
aliança com Kassab.
O líder da bancada -de 12 vereadores- na Câmara Municipal, Gilberto Natalini, assinou o
documento e deverá participar
do ato como militante tucano.
Kassab
Na semana em que o grupo
pró-Alckmin promete uma demonstração de força, Kassab
afirmou ontem pela manhã que
ainda acredita na aliança entre
tucanos e democratas, mas ressalvou que sonha em encabeçar
a chapa.
"No momento certo, democratas e tucanos saberão avaliar
a hipótese de continuarmos
aliados, dentro do possível, já
no primeiro turno", afirmou
ele, após ter participado da celebração da missa de Páscoa na
catedral da Sé, onde pediu
"paz" ao povo paulistano.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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