São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006

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HORA DAS CASSAÇÕES

Penúltimo caso do mensalão deve ser votado amanhã no Conselho de Ética

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho de Ética da Câmara deve votar amanhã o relatório do penúltimo processo do escândalo do mensalão. O deputado Moroni Torgan (PFL-CE) deve pedir a cassação de Vadão Gomes (PP-SP), acusado de receber R$ 3,7 milhões do "valerioduto".
Depois de Vadão, restará o processo de José Janene (PP-PR), que está atrasado devido a um pedido de aposentadoria por invalidez.
Torgan usará dois argumentos em seu relatório: a acusação do empresário Marcos Valério, que disse ter repassado o dinheiro a Vadão, em espécie, em um hotel de São Paulo, e as quebras de sigilo telefônico de Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que apontariam ligações com Vadão. Vadão nega que tenha recebido dinheiro de Valério.
A Folha apurou que a falta de provas mais concretas do envolvimento de Vadão ameaça o relatório de Moroni, que corre o risco de ser derrubado pelo Conselho, a exemplo do que já ocorreu com Pedro Henry (PP-MT). A cassação de Henry foi pedida, mas os deputados derrubaram o texto e sugeriram a absolvição.
A assessoria de Vadão disse que a acusação é a mais "absurda" e "mal contada" entre todas as outras e que, caso haja o pedido de cassação, quem tem de explicar é o relator, não o pepista. Segundo a assessoria, o acusado comprovou que estava em Mineiros (GO) no dia em que Valério afirmou ter entregue o dinheiro em São Paulo. Caso alguém peça vista do relatório, a votação só deve ocorrer na sexta ou na semana que vem. Depois, o parecer segue para votação no plenário da Câmara.


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