São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

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SUPREMAS

FESTA TUCANA
Liderados pelos presidenciáveis do partido -Serra e Aécio-, os tucanos compareceram em peso à posse de Gilmar Mendes, ex-integrante do governo FHC. O clima de festa tucana foi descrito pelo ex-ministro Martus Tavares logo na entrada do evento: "O pessoal de 2010 está chegando com dois anos de antecedência".

PARA OS FOTÓGRAFOS
Bastou Aécio se debruçar na fileira da frente e começar a conversar com seu colega Serra para que os fotógrafos disparassem seus flashes. Foi de longe a imagem mais concorrida da cerimônia.

OS EX
Os ex-presidentes Sarney, Collor e FHC foram postos em poltronas vizinhas. Praticamente não trocaram palavras. FHC e Collor, adeptos da privatização, só foram vistos conversando quando o presidente da OAB, Cezar Britto, criticou venda de estatais e pagamento de juros elevados. Sua fala não agradou tucanos nem petistas.

DOSSIÊ
FHC disse ontem, no STF, que o dossiê feito na Casa Civil sobre os gastos do seu governo com cartão corporativo "é lamentável". "É lamentável. O Brasil não merecia passar por esse tipo de coisa tão baixa."

TELÕES E SOPRANO
Nove telões instalados em pontos estratégicos, uísque, prosecco e refrigerante para os convidados e a contratação da soprano Denise Tavares -que cantou o Hino Nacional, no início, e as Bachianas de Villa Lobos, no final- marcaram o clima eclético da posse, avaliada por assessores como a mais cara dos últimos tempos.

BARRADOS NO BAILE
Desconfortáveis com a falta de espaço para sentar, um grupo de senadores deu meia volta no STF. Ao lado de Ideli Salvatti (PT) e Mão Santa (PMDB), Agripino Maia (DEM) resumiu o ânimo: "Não dá para entrar, vou voltar mais tarde, só para os cumprimentos".

LOTAÇÃO ESGOTADA
O cerimonial até que tentou contornar o problema. Tomou emprestados sofás e cadeiras dos tribunais superiores Eleitoral e do Trabalho e espalhou os assentos na parte externa do prédio. Mesmo assim, o recorde de convidados tornou a posse quase intransitável.

SONO PROFUNDO
Os longos discursos -o de Celso de Mello durou 53 minutos- fizeram Lula e Garibaldi Alves não resistirem ao sono. O petista foi socorrido por uma xícara de café levada por um assessor, dividida com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, também sonolento.

ON-LINE
Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, não piscou os olhos nenhuma vez. Driblou a chatice dos discursos operando seu "blackberry" -celular que recebe e envia e-mails. Do governo Lula, também marcaram presença os ministros Celso Amorim, Jobim, Guido Mantega, Tarso Genro, Miguel Jorge e Jorge Hage.

O PROFESSOR DO REI
Amigo do novo presidente do Supremo, com direito a citação especial durante os agradecimentos, Pelé foi a figura mais popular da festa. "Ele foi meu professor quando eu era ministro do Esporte", contou o craque, revelando o mais importante detalhe da amizade entre os dois: "Ele é santista roxo".


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