São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2003 |
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PAINEL Teme a repercussão O PT adiou a decisão final sobre o processo de expulsão dos radicais Heloísa Helena, Babá e Luciana Genro. Achou por bem esperar que votem contra alguma orientação da sigla. Até agora, de fato, a principal acusação é a de que criticaram o governo. Recuo estratégico Inicialmente, a decisão sobre a expulsão seria tomada na reunião do diretório do PT, de 12 e 13 de julho, após a manifestação da Comissão de Ética. Nessas datas, no entanto, o PT tratará das reformas. O caso dos radicais ficará, se não houver nova mudança, para setembro. Trauma interno É a segunda vez que o PT dilata os prazos do processo de expulsão. Anteriormente, já havia mudado a data dos depoimentos à Comissão de Ética. Prevista para maio, a audiência dos radicais e suas testemunhas ocorrerá no próximo final de semana. Pressão total Lula deverá participar da reunião do diretório do PT, nos dias 12 e 13 de julho. O partido quer fechar questão em torno da aprovação das reformas. Evitar problemas Suplicy comentou em encontro casual com Silvio Pereira, da cúpula do PT, que Heloísa Helena o aconselhara a não testemunhar a seu favor na Comissão de Ética. A petista dissera temer que José Dirceu, que já avisou Suplicy de que passará a tratá-lo como inimigo, o prejudique. Versão de interesse Pereira não teve dúvidas. Após falar com Suplicy, espalhou a jornalistas que o senador poderia não depor a favor de Heloísa Helena, insinuando que ele estava sendo enquadrado. Só não sabia que uma assessora do parlamentar ouvia a conversa. Suplicy não desistiu de depor. Não desiste nunca Collor encomendou pesquisa para saber se tem chance na eleição para prefeito de Maceió. Máquina de calcular O Planalto e os líderes do governo no Congresso contabilizaram ontem que pelo menos 26 dos 38 deputados da Comissão Especial da Previdência votarão favoravelmente à reforma encaminhada por Lula à Câmara. Sono tranquilo Mesmo o ponto mais polêmico da reforma da Previdência, a cobrança dos inativos, será aprovado, segundo a avaliação do Planalto. Quinze deputados que seriam contrários à taxação admitem votar a favor, caso não consigam convencer a maioria dos colegas da comissão. Democracia Para conseguir maioria na comissão da Previdência, o Planalto forçou os partidos aliados a mudar seus representantes. Além do PT, que isolou Doutor Rosinha (PR) e Ivan Valente (SP), o PMDB retirou os oposicionistas Darcísio Perondi (RS) e Mendes Ribeiro (RS). Compasso de espera Miro Teixeira (Comunicações) espera o desfecho do caso Anthony Garotinho para definir para qual partido irá após deixar o PDT. Se o ex-governador for expulso do PSB, o ministro deverá entrar no partido. Caso contrário, irá para o PMDB. Solidariedade A exoneração de Leila Diêgoli da direção do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) da Prefeitura de SP, no final de maio, provocou uma debandada do setor. Até ontem, outros nove diretores e assessores haviam pedido desligamento. Turismo ecológico O Ministério dos Transportes fecha hoje acordo com a empresa Novoeste para retomar a administração de 430 km de ferrovia, entre Campo Grande e Corumbá, e implantar o turístico Trem do Pantanal. O contrato, estabelecido em 1996, previa a concessão por 30 anos. TIROTEIO Do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Francisco Fausto, sobre a intenção do governo federal de retirar dos juízes o controle administrativo dos tribunais, na reforma do Judiciário: - Se um torneiro mecânico pode dirigir o país e um médico pode dirigir a economia, por que um juiz não pode dirigir o tribunal no qual atua? CONTRAPONTO Presente-surpresa
Petistas que se reuniram na semana passada para uma homenagem ao líder do partido na Câmara, Nelson Pellegrino, surpreenderam-se com a presença
de políticos "de direita", como
José Carlos Aleluia (PFL). |
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