São Paulo, quarta, 24 de junho de 1998

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FRANGOGATE
Decisão agora cabe à Procuradoria Geral de Justiça
Inquérito sobre frangos acaba sem indiciamento de acusados

da Reportagem Local

O delegado Hércules Crespi Filho, encarregado do inquérito policial que apurou denúncia de irregularidades na compra de frangos pela Prefeitura de São Paulo durante a administração do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB), afirmou ontem que a investigação chegou ao fim sem indiciamentos "por falta de elementos".
"Faltaram dados técnicos que me permitissem ter convicção para iniciar o indiciamento", disse.
O inquérito, aberto em agosto a pedido do promotor Carlos Eduardo da Matta, investigava suposta venda de frangos superfaturados por parte de empresas de parentes de Maluf à prefeitura.
A decisão sobre o caso cabe agora ao procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio Marrey, que pode pedir o arquivamento do inquérito, solicitar novas diligências ou denunciar os envolvidos.
O promotor afirmou, por intermédio de sua assessoria, que espera receber o relatório do delegado até o início da próxima semana.
Da Matta não quis comentar a conclusão do delegado antes da leitura do documento.
Crespi Filho disse ter concluído que a Secretaria Municipal do Abastecimento foi responsável pela licitação que permitiu a compra e que à Secretaria Municipal da Administração coube a decisão de "readequação de preços". "Cabe à Justiça ver se foi ilegal."
Segundo o delegado, os crimes investigados foram ausência de licitação e favorecimento.



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