São Paulo, Quinta-feira, 24 de Junho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mendonça faz defesa na CPI da Cemig

da Agência Folha, em Belo Horizonte

O ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros disse, ontem à tarde, à CPI da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, que a venda de parte das ações da Companhia Energética de Minas Gerais foi um bom negócio para o Estado.
Em maio de 1997, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) realizou um leilão para a venda de 32% das ações com direito a voto da Cemig, que pertenciam ao Estado. Sem concorrentes, a Southern Electric comprou as ações pelo preço mínimo de R$ 1,1 milhão.
O relator da CPI, deputado Antônio Andrade (PMDB), disse que suspeita que o comprador tenha interferido nas regras do leilão para conseguir o controle de suas áreas estratégicas.
Além disso, os deputados querem apurar se houve favorecimento da Southern em detrimento de outros possíveis compradores, como a AES Energy e o Banco Opportunity que, logo após o leilão, associaram-se ao vencedor do leilão.
Mendonça de Barros, que na época era presidente do BNDES, negou interferência.
Mendonça de Barros negou que tivesse havido empréstimo ao governo de Minas como antecipação à venda das ações, o que precisaria de aprovação do Senado.
Para ele, houve uma emissão de debêntures lastreadas em ações da Cemig. A ex-diretora da área de privatização do BNDES, Elena Landau, havia prestado depoimento antes e contradisse Mendonça, ao afirmar que a operação foi ""um empréstimo".
De manhã, ela disse que as ações da Cemig se valorizaram após o leilão, porque o novo sócio detém tecnologia moderna para instalar usinas termoelétricas no país.


Texto Anterior: Datamec é vendida pelo preço mínimo de R$ 83,65 milhões
Próximo Texto: Garotinho é o mais bem avaliado; Covas, 9º
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.