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Ciro dribla orientação do governo e faz comparações entre gestão Lula e FHC
DO ENVIADO ESPECIAL A OLINDA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM OLINDA
O objetivo oficial da plenária
organizada pelo PT no Convento Santa Gertrudes, em Olinda,
era discutir "o futuro do Nordeste", mas o evento acabou só
como uma sucessão de elogios
ao presidente-candidato Luiz
Inácio Lula da Silva. Dos oradores escalados para falar, apenas
um fez propostas concretas e
pediu mudanças ao petista.
No evento, de campanha, o
governo encontrou um meio de
driblar uma sugestão de seu
próprio departamento jurídico,
que recomendara que o presidente e seus ministros não façam comparações diretas com
a gestão de Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002), para evitar contestações judiciais.
Coube ao ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes
(PSB), agora candidato a deputado federal, fazer comparações e ataques aos tucanos. "O
presidente Lula não fala mal de
ninguém, mas eu falo", disse
Ciro, que citou número de estradas, de linhas de transmissão, de financiamentos e empregos, entre outros tópicos.
"O outro candidato [Geraldo
Alckmin, do PSDB] esteve lá no
Ceará e propôs recriar a Sudene. Só queria lembrar que o
presidente Lula fez isso em
2003", afirmou Ciro.
Após a exposição de Ciro, 11
oradores se revezaram no palco, do escritor Ariano Suassuna
à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, antes pária no PT e
agora coordenadora da campanha de Lula. O único a pedir
mudanças foi o presidente da
Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro
Neto, que criticou política macroeconômica e juros de algumas linhas de financiamento.
Além dele, só Lins tocou num
ponto desconfortável, quando
fez a única menção à crise política. "Serviu para um grande
amadurecimento político do
povo."
(PDL E FG)
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