São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2006

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Ciro dribla orientação do governo e faz comparações entre gestão Lula e FHC

DO ENVIADO ESPECIAL A OLINDA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM OLINDA

O objetivo oficial da plenária organizada pelo PT no Convento Santa Gertrudes, em Olinda, era discutir "o futuro do Nordeste", mas o evento acabou só como uma sucessão de elogios ao presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Dos oradores escalados para falar, apenas um fez propostas concretas e pediu mudanças ao petista.
No evento, de campanha, o governo encontrou um meio de driblar uma sugestão de seu próprio departamento jurídico, que recomendara que o presidente e seus ministros não façam comparações diretas com a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), para evitar contestações judiciais.
Coube ao ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB), agora candidato a deputado federal, fazer comparações e ataques aos tucanos. "O presidente Lula não fala mal de ninguém, mas eu falo", disse Ciro, que citou número de estradas, de linhas de transmissão, de financiamentos e empregos, entre outros tópicos.
"O outro candidato [Geraldo Alckmin, do PSDB] esteve lá no Ceará e propôs recriar a Sudene. Só queria lembrar que o presidente Lula fez isso em 2003", afirmou Ciro.
Após a exposição de Ciro, 11 oradores se revezaram no palco, do escritor Ariano Suassuna à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, antes pária no PT e agora coordenadora da campanha de Lula. O único a pedir mudanças foi o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, que criticou política macroeconômica e juros de algumas linhas de financiamento.
Além dele, só Lins tocou num ponto desconfortável, quando fez a única menção à crise política. "Serviu para um grande amadurecimento político do povo." (PDL E FG)


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