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DÍVIDA PÚBLICA
Punição atinge bancos e municípios inadimplentes
BC identifica irregularidades em rolagem de R$ 72 milhões
da Sucursal de Brasília
O Banco Central descobriu que
sete bancos estavam driblando as
regras de endividamento público
e renovando irregularmente operações de créditos a municípios,
no valor total de R$ 72 milhões.
As irregularidades foram detectadas nas operações de ARO (Antecipação de Receitas Orçamentárias), empréstimos com prazo inferior a um ano garantidos pela
receita dos municípios.
Ao todo são 29 renovações irregulares, com valor equivalente a
11,6% das operações de ARO em
curso, que somam R$ 620 milhões, segundo o chefe do Departamento da Dívida Pública do BC,
Vicente de Paulo Diniz.
Segundo ele, os bancos renovavam irregularmente as operações
com duplo objetivo: descumprir a
obrigação de submeter ao Senado
os pedidos de rolagem do endividamento e evitar o lançamento de
perdas pesadas nos balanços.
Os municípios também saíam
ganhando porque deixavam de
ser declarados inadimplentes e
podiam contrair novas dívidas.
A resolução nº 78, em vigor desde julho de 1998, obriga que o débito seja honrado até o dia 15 de
dezembro do ano de contratação.
As operações que os municípios
deixam de quitar em um ano devem ser consideradas como perdas no balanço, com redução no
lucro e no patrimônio líquido.
Pela regra antiga, as operações
podiam ser quitadas até o dia 15
de janeiro do ano seguinte à sua
contratação. Na prática, isso possibilitava rolar os créditos de um
ano para outro. No ano seguinte,
o banco fechava outra operação
de ARO para pagar a vencida.
Os bancos tiveram que fazer depósitos de R$ 72 milhões no BC e
terão de lançar as perdas como
prejuízo. Os municípios serão declarados inadimplentes.
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