São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2000 |
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PANORÂMICA RIO Assembléia Legislativa derruba auxílio-moradia concedido pela própria Casa A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Rio derrubou ontem, por sete votos a dois, o auxílio-moradia de R$ 1.125 para deputados estaduais, desembargadores, juízes e integrantes do Ministério Público do Estado. O benefício havia sido aprovado pela própria Mesa Diretora no último dia 15, por seis votos a três. O presidente da Alerj, Sérgio Cabral Filho (PMDB), que na semana passada votou contra o benefício, atribuiu a mudança à pressão popular. Dois deputados que haviam votado pelo auxílio-moradia -José Távora (PDT) e Armando José (PMDB)- mudaram seu voto. "O parlamentar tem que estar sintonizado com a opinião pública, ou ele deixa de cumprir seu objetivo: ser um representante do povo", disse Cabral Filho. O auxílio custaria cerca de R$ 5 milhões por mês. "Eu recolhi o sentimento do povo. Os fatos que existiam na primeira votação eram uns e agora são outros. Foi uma decisão consciente, não sofri pressão, obedeci à minha consciência", disse Távora. Também foram contrários ao benefício os deputados José Cláudio e Geraldo Moreira, do PDT, Pedro Fernandes (PFL) e André Siciliano (PT). O PT já havia votado contra o auxílio no dia 15 e recolheu, no último fim-de-semana, 15 mil assinaturas populares contra a iniciativa. O deputado Ernani Boldrim (PTB) manteve sua decisão a favor. "Foi uma decisão coerente, uma posição pessoal que foi, inclusive, contrária à do meu partido. Quando tomo uma posição, mantenho. Neste momento político, é difícil as pessoas aceitarem, mas está dentro da lei." O desembargador Humberto Manes, presidente do Tribunal de Justiça, e o procurador-geral de Justiça em exercício, Hélio Fischberg, não quiseram se pronunciar. (DA SUCURSAL DO RIO) Texto Anterior: Juíza absolve cabo a pedido do promotor Próximo Texto: Tribunal suspende demarcação determinada pelo Ministério da Justiça Índice |
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