São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CAMPANHA

Carreata em Manaus teve participação de 120 funcionários dos Correios; uso de uniforme em campanha política é proibido

Carteiros ligados à CUT fazem ato pró-Lula

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Carteiros filiados ao Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares participaram ontem uniformizados da recepção ao candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, em Manaus, e na carreata que percorreu 18 km entre as principais avenidas da cidade.
O sindicato é ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores). O diretor de Informação do Sindicato dos Correios, Juscelino Sá Bezerra, disse que 120 carteiros estavam na manifestação. "Trouxemos bandeiras e cinco carros, nossos carrinhos", disse.
O sindicalista negou que estivesse usando recursos do sindicato para a campanha petista. "Nós não podemos gastar dinheiro do sindicato. Cada carteiro está dando um bônus para ajudar na campanha", afirmou.
O objetivo dos carteiros na manifestação petista era entregar a Lula uma carta pedindo a não privatização da estatal.
O presidente do Sindicato, Raimundo Souza, foi o único dos carteiros que teve acesso à ala reservada para convidados no aeroporto e conseguiu entregar o documento ao candidato. Lula nada prometeu.
Indagado sobre o uso do uniforme em uma manifestação política, que contraria a legislação sindical, Souza afirma que o uniforme estava sendo usado pelos carteiros porque as camisas providenciadas não haviam ficado prontas. "Nós mandamos confeccionar botons, bandeiras e camisetas que não ficaram prontas", disse Souza. A direção dos Correios não foi localizada.

Agenda
Segundo a EMTU (Empresa Municipal de Transportes Urbanos), 3.000 carros acompanharam a carreata de Lula.
Perto da chamada Feira da Manaus Moderna, na zona portuária, Lula ganhou de um simpatizante um saquinho com banana frita e comeu, sob sol de 40 graus.
Da carreata, Lula partiu para a fábrica da empresa Gradiente, onde o empresário Eugênio Staub organizou uma visita às instalações e ofereceu almoço ao petista.
"Como todos os brasileiros que conhecem a trajetória de Lula, eu fiquei muito impressionado com esse cidadão brasileiro. Passei a ser um admirador dele", disse Staub, dizendo-se ""ansioso" a se engajar "da forma que for possível para ajudar o Lula a ganhar".
Aos funcionários, Lula disse ser "uma insanidade acabar com a Zona Franca de Manaus", como se discute hoje os empresários locais, já que o modelo incentivado tem prazo para terminar em 2013, segundo a Constituição.


Texto Anterior: Cabeça de Eleitor: O malufista que opta por Serra
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.