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CAMPANHA
Carreata em Manaus teve participação de 120 funcionários dos Correios; uso de uniforme em campanha política é proibido
Carteiros ligados à CUT fazem ato pró-Lula
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Carteiros filiados ao Sindicato
dos Trabalhadores na Empresa de
Correios e Telégrafos e Similares
participaram ontem uniformizados da recepção ao candidato do
PT à Presidência, Luiz Inácio Lula
da Silva, em Manaus, e na carreata
que percorreu 18 km entre as
principais avenidas da cidade.
O sindicato é ligado à CUT
(Central Única dos Trabalhadores). O diretor de Informação do
Sindicato dos Correios, Juscelino
Sá Bezerra, disse que 120 carteiros
estavam na manifestação. "Trouxemos bandeiras e cinco carros,
nossos carrinhos", disse.
O sindicalista negou que estivesse usando recursos do sindicato para a campanha petista. "Nós
não podemos gastar dinheiro do
sindicato. Cada carteiro está dando um bônus para ajudar na campanha", afirmou.
O objetivo dos carteiros na manifestação petista era entregar a
Lula uma carta pedindo a não privatização da estatal.
O presidente do Sindicato, Raimundo Souza, foi o único dos carteiros que teve acesso à ala reservada para convidados no aeroporto e conseguiu entregar o documento ao candidato. Lula nada
prometeu.
Indagado sobre o uso do uniforme em uma manifestação política, que contraria a legislação sindical, Souza afirma que o uniforme estava sendo usado pelos carteiros porque as camisas providenciadas não haviam ficado
prontas. "Nós mandamos confeccionar botons, bandeiras e camisetas que não ficaram prontas",
disse Souza. A direção dos Correios não foi localizada.
Agenda
Segundo a EMTU (Empresa
Municipal de Transportes Urbanos), 3.000 carros acompanharam a carreata de Lula.
Perto da chamada Feira da Manaus Moderna, na zona portuária,
Lula ganhou de um simpatizante
um saquinho com banana frita e
comeu, sob sol de 40 graus.
Da carreata, Lula partiu para a
fábrica da empresa Gradiente, onde o empresário Eugênio Staub
organizou uma visita às instalações e ofereceu almoço ao petista.
"Como todos os brasileiros que
conhecem a trajetória de Lula, eu
fiquei muito impressionado com
esse cidadão brasileiro. Passei a
ser um admirador dele", disse
Staub, dizendo-se ""ansioso" a se
engajar "da forma que for possível para ajudar o Lula a ganhar".
Aos funcionários, Lula disse ser
"uma insanidade acabar com a
Zona Franca de Manaus", como
se discute hoje os empresários locais, já que o modelo incentivado
tem prazo para terminar em 2013,
segundo a Constituição.
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